Apesar das dificuldades encontradas no processo de construção, a ideia materializou-se e nasceu uma nova tipologia urbana de habitação e espaço de trabalho com a função adicional de ser um local de exposição.
Arquitetura: Yerce Architecture & ZAAS / Localização: Konak, Turquia / Fotografia: Emin Emrah Yerce
Num mundo onde o uso criativo e eficiente do espaço se tornou uma necessidade, projetos que conseguem reunir diversas funções são cada vez mais procurados.
Esta casa-estúdio na Turquia é o exemplo de como um apartamento duplex inserido num edifício de 5 andares, pode tornar-se num ambiente multifuncional, que acolhe um espaço de trabalho, um estúdio de fotografia e um espaço residencial.

O cliente – um conhecido fotógrafo e artista - , trabalhou em estreita colaboração com os arquitetos do gabinete Yerce Architecture & ZAAS, na conceção e criação de uma casa que, ele queria que fosse mais do que apenas um lugar para morar e trabalhar.
Nesse sentido, o apartamento contempla também uma zona para exposições integrada no espaço do atelier. O que permite que, para além do proprietário, outros talentos locais possam expor o seu trabalho fotográfico e este espaço expositivo se assuma como um lugar alternativo para mostras no centro da cidade, onde as galerias de arte não são abundantes.
A entrada na casa-estúdio faz-se por uma área ampla, aberta e com duplo pé-direito que vai dar diretamente ao estúdio de fotografia e ao espaço de exposição. No mesmo piso foi criada uma casa-de-banho social, com um teto em forma de abóbada e revestido a material reflectivo – como se entrássemos num espaço futurista, que também serve como cenário fotográfico.


Uma escada escultural e desenhada sem guarda-corpo - para realçar o dinamismo e o ritmo da circulação no interior do espaço -, liga o piso térreo ao piso superior.


Enquanto o piso térreo foi projetado para atender às necessidades de um estúdio fotográfico e um espaço de exposição, o piso superior foi planeado para acolher escritório, zonas de descanso privadas e uma zona social de estar, com cozinha integrada, que reflete o estilo de vida do proprietário, que adora cozinhar para os seus convidados. Ao lado da cozinha, uma outra zona convida a relaxar junto à lareira e a desfrutar das vistas panorâmicas para a vegetação no exterior.






O piso superior foi também desenhado para servir como espaço adicional para sessões de fotografia, pois um dos objetivos do projeto, era maximizar o espaço para trabalhos fotográficos.



O resultado, como já referido anteriormente, foi a criação de um loft que atende a múltiplas funções, entrelaçadas entre si, sob o teto de um estúdio fotográfico, explica Nail Egemen Yerce, fundador da Yerce Architecture, salientando a permeabilidade entre os diferentes espaços e funções.
Apesar das dificuldades encontradas no processo de construção, nomeadamente em termos de tempo e orçamento, a ideia materializou-se e nasceu uma nova tipologia urbana de habitação e espaço de trabalho com a função adicional de ser um local de exposição. Segundo os arquitetos é o que se chama de “magia arquitetónica”.
Fotografias do Antes e Depois


Com uma estrutura originalmente minimalista, para os donos deste apartamento faltava que o mesmo tivesse algum conforto visual. Escolheram a madeira para dar notas mais quentes aos ambientes e uma paleta de cores neutra com rasgos terrosos.
Arquitetura de interiores: Farah+Arquitetura e Interiores / Tipo: Remodealção e decoração / Área: 450m2 / Fotografia: Ines Antich
Quando os proprietários deste apartamento – um casal com dois filhos pré-adolescentes - foram ao encontro da arquiteta de interiores Carol Farah, a ideia era a de aproveitar a estrutura minimalista do apartamento, mas conferir-lhe algum aconchego e notas mais quentes através do design e do uso da madeira. O desafio inicial tornou-se também o que hoje mais se destaca – o de se conseguir criar ambientes com identidades próprias mas unidos pelo mesmo conceito e materiais.





O projeto de decoração, explica Farah, foi pensado para que “todos os ambientes da casa possam e devam ser usados por todos, incluindo a labrador que vive no apartamento”.



Sobre a escolha das peças, a arquiteta de interiores explica que foi privilegiado o design brasileiro. Como exemplo, refere a mesa de centro premiada Aqua do designer Domingos Totora; as poltronas Tete de Sérgio Rodrigues; a mesa de jantar de Silvio Romero e as cadeiras Omar de Rejane Carvalho Leite; o carrinho de bar de Fernando Prado e o tapete de sisal do empório Beraldim, que se repete nos ambientes para dar o mesmo conceito.








Relativamente às cores, seguindo as ideias e necessidades dos moradores, a escolha recaiu nos tons neutros com apontamentos terrosos e o uso da madeira e de materiais naturais.
[post_title] => Como tornar um ambiente mais quente? Madeira, materiais naturais e tons neutros. [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => como-tornar-um-ambiente-mais-quente-madeira-materiais-naturais-e-tons-neutros [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-18 10:18:43 [post_modified_gmt] => 2022-03-18 09:18:43 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=70067 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) [2] => WP_Post Object ( [ID] => 69948 [post_author] => 31 [post_date] => 2022-03-15 14:56:06 [post_date_gmt] => 2022-03-15 13:56:06 [post_content] =>O projeto de remodelação e ampliação transformou uma casa modesta numa residência de linhas fortes e contemporâneas. No interior, elegância e luz esculpem ambientes que se tornaram, decididamente contemporâneos.
Projeto: Luc Plante architecture + design / Área: 257m2 / Ano: 2020 / Tipo: Remodelação e ampliação / Localização: St-Hilaire, Quebec, Canadá / Fotografia: Raphaël Thibodeau
A forma como esta casa se transformou, faz com que, contam os autores do projeto, “seja fácil esquecer as suas origens modestas”. Assumiu uma forma assertiva, que a distingue e não deixa ninguém indiferente, e que assenta nas linhas fortes de um grandioso telhado, que confere uma sensação de volume, dando à residência um estilo decididamente contemporâneo.

O projeto de arquitetura, de forma a ir ao encontro das necessidades dos atuais proprietários, contemplou não só a remodelação e modernização, como também uma ampliação que lhe conferiu o dobro do tamanho original.
Da pré-existência, mantiveram-se os tetos altos no piso térreo e as grandes janelas. Na cozinha, foi colocada uma imponente ilha central com vista para o rio.




As superfícies das paredes contrastam com a suavidade da madeira. As ripas de madeira branca no teto dão amplitude à sala e a decoração contemporânea confere aos espaços uma sensação de plenitude.


Os espaços privados estendem-se por dois pisos. Os destinados às crianças estão ao nível do jardim, com um quarto familiar que se estende até ao pátio e parece escavado numa rocha. O pátio é cercado por uma magnífica passadeira em madeira que segue até o cais.



Já os pais, acedem ao seu quarto, localizado no segundo andar da casa, através de uma escada privada. A varanda, artisticamente cercada por um corrimão de vidro, é perfeitamente simétrica com a do piso térreo. O terraço ao ar livre, com vista para o pôr do sol, é ideal para uma bebida a dois ao final da tarde.

A parte superior da residência, que fazia parte da construção original, foi transformada num espaço de trabalho com um terraço.
No exterior, o revestimento escolhido foi uma combinação de pedra, tijolo branco – recordando a casa original -, e madeira, oferecendo uma variedade de texturas que se harmonizam.


A completar o projeto de arquitetura está o de paisagismo, que foi pensado para valorizar o primeiro.
[post_title] => Uma casa junto ao rio [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => uma-casa-junto-ao-rio [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-18 10:20:26 [post_modified_gmt] => 2022-03-18 09:20:26 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=69948 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) [3] => WP_Post Object ( [ID] => 70053 [post_author] => 31 [post_date] => 2022-03-15 14:48:10 [post_date_gmt] => 2022-03-15 13:48:10 [post_content] =>Avanços visuais e justaposições de volumes numa casa que se abre ao exterior e teve como principal inspiração a envolvente em que se insere.
Arquitetura: Muuk Architecture / Localização: Lago Brome, Canada / Fotografia: Nanne Springer
Localizada à beira de um lago, e construída no lugar onde outrora estava um antigo chalet, as linhas limpas e sóbrias da nova residência destacam a natureza circundante. O lago foi a grande inspiração, logo, os acessos físicos e visuais ao mesmo tornaram-se a essência do projeto.


O terreno de onde nasce a casa, inclina-se suavemente em direção ao lago e o piso térreno como que se desdobra nesse sentido. Respeitando as vistas majestosas, alguns degraus separam a entrada das áreas de estar, bem como a sala de jantar da sala de estar, permitindo apreciar a paisagem de uma forma desobstruída de cada zona da casa.



É no piso térreo que se encontram a sala de estar, de jantar e a cozinha. Ficando instaladas no piso superior os espaços mais reservados. Neste piso fica também o escritório, transparente e estrategicamente posicionado para oferecer vistas para o lago e para a entrada principal da residência.

“Longe da agitação da cidade, esta casa é propícia a uma vida mais leve e simples, ao mesmo tempo que inspira e promove a criatividade de quem ali vive”, explica Sylvain Bélanger, designer da Muuk Architecture.
A utilização do branco nas superfícies e do preto nos espaços côncavos resulta numa casa luminosa e que realça a envolvente natural. Avanços visuais e uma justaposição de volumes combinam-se de forma leve e delicada. A fachada sul totalmente aberta, bem como os terraços dispostos em dois níveis, estabelecem relações diretas com o lago e a natureza, criando ligações fortes e fluidas entre o interior e o exterior.



A sua orientação, a Sul, permite o aproveitamento da insolação solar passiva para aquecer naturalmente os pisos em betão aparente em forma de massa térmica, complementando assim o sistema de aquecimento radiante.


Já diziam os GNR que “Dunas, são como divãs”. A ideia pode parecer poética o suficiente para não ser concretizável. Só que é. E viver nas dunas, parece-nos tão bem.
Arquitetura: Unknown Architects / Área: 178m2 / Localização: Holanda / Ano: 2021 / Fotografia: MWA Hart Nibbring / descrição enviada pelos autores do projeto, via archdaily
Ao longe, a casa aparece como uma simples construção térrea com telhado assimétrico. Localizada na paisagem única das dunas de Terschelling, numa das ilhas Wadden, na Holanda, o projeto para a casa de férias pretendia ser modesto, mas expressivo.





A casa foi então construída com a sobreposição de três elementos: uma base sólida em betão, uma janela panorâmica que liga o pavimento térreo à paisagem das dunas envolventes e um telhado de madeira. A combinação destes diferentes elementos, resulta num exterior com uma variedade de ritmos e texturas que embora distintas, são subtis.



Os materiais e a paleta de cores são emprestados da paisagem. À medida que os caixilhos das janelas de Iroko e as tábuas do telhado de Accoya envelhecem, o edifício torna-se lentamente acinzentado, diluindo-se ainda mais na envolvente.




De salientar que, a maior parte da casa foi pré-fabricada para reduzir o tempo de construção no local e limitar o impacto na envolvente. Todos os ambientes são aquecidos e arrefecidos por uma bomba de calor geotérmica. As grelhas de ventilação foram integradas nas molduras das janelas de madeira de modo a proporcionar uma ventilação natural. O beiral da cobertura de madeira protege a edificação do sol forte no verão sendo combinada com brises solares de madeira desmontáveis, que podem ser movidas manualmente para criar sombra e privacidade.
[post_title] => Casas Ecológicas: Viver nas dunas [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => casas-ecologicas-viver-nas-dunas [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-18 10:17:16 [post_modified_gmt] => 2022-03-18 09:17:16 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=70089 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) [5] => WP_Post Object ( [ID] => 70122 [post_author] => 22 [post_date] => 2022-03-15 14:12:23 [post_date_gmt] => 2022-03-15 13:12:23 [post_content] =>O estúdio de Oliver Leech Architects, especializado no desenho de casas sob medida, cujo foco é procurar as melhores soluções de design dentro das limitações de cada projeto, assina o projeto de remodelação radical desta casa, incluindo ainda uma extensão nas partes traseira e lateral do edifício. O projeto ganhou o prémio da competição Don't move, Improve 2020 (veja o vídeo em baixo).
Projeto: Oliver Leech Architects / Segundo a memória descritiva
Concluído em 2019, o projeto consistiu na remodelação radical da casa geminada vitoriana em Camberwell, incluindo a extensão traseira e lateral. A casa, de dois andares, encontrava-se em condições precárias, tinha pouca luz natural e uma cozinha apertada, como tal o briefing partiu do desejo do cliente em ter novos espaços - cozinha e espaço de refeições - em plano aberto voltados para o jardim, com foco na luz natural e nos materiais de modo a criar um espaço mais útil e uma atmosfera calma.


A casa foi reduzida a uma casca, ampliada e reconstruída internamente, incluindo novos serviços e melhor isolamento. O projeto focou-se no uso e na expressão de materiais naturais que complementassem e respeitassem a casa original.


O uso de uma paleta limitada de materiais naturais contribui para uma linguagem consistente em toda a casa, criando uma relação coerente entre o antigo e o novo.


O abeto-de-Douglas oleado branco foi combinado com tijolos amarelos claros, visíveis tanto no exterior como no interior, num contraste subtil com os tijolos típicos da cidade de Londres.


Volumetricamente, as extensões são articuladas em dois volumes distintos. Uma extensão lateral fornece largura extra à cozinha anteriormente estreita, com claraboias suspensas para trazer muita luz do norte para o espaço de jantar ao longo do dia.


A extensão traseira projeta-se um pouco mais para o jardim, emoldurando um conjunto de portas dobráveis de abeto-de-Douglas pintadas de branco num banco de janela de altura baixa. O banco oferece assentos flexíveis, bem como arrumação e pode ser usado interna e externamente. Tal partiu do desejo particular do cliente de ali poder sentar-se e ler um livro ao sol da tarde, seja com as portas abertas ou fechadas.


A altura da extensão foi maximizada para equilibrar os tetos baixos da cozinha existente e brindar com o máximo de luz natural possível o espaço. Uma grande claraboia sem moldura está posicionada na junção entre o antigo e o novo com curvas suaves do teto para criar uma transição suave de luz para a cozinha.
Veja o vídeo com a entrevista aos arquitetos
Nos Brejos da Carregueira, na Comporta, esta casa de exterior geométrico esconde espaços luminosos e tradicionais. Quem está de fora, não consegue idealizar a riqueza do interior, nem quem está no interior entende como o exterior se configura tão minimalista. Uma ambivalência que se traduz numa casa moderna para uma vivência de campo.
Arquitetura: Estúdio AMATAM / Localização: Comporta / Ano: 2021 / Fotografias: Garcês / Descrição enviada pelos autores do projeto
Desenvolver um projeto para uma casa cujo fim é exclusivo para estadia em período de férias, desafiou-nos a procurar desenvolver um conceito espacial e programático que refletisse essa especificidade. Procurámos entender aquilo que poderiam ser as qualidades inerentes a uma casa de férias, com uma utilização temporária por diversas famílias… e focámo-nos em algumas características que nos pareceram essenciais - uma organização espacial interior que permitisse uma forte convivência entre os seus utilizadores, uma relação muito próxima com o exterior e uma atmosfera que revivesse a morfologia das casas de campo, tradicionais portuguesas. Assim, a nossa proposta resultou num diálogo inusitado entre o moderno e o tradicional.


No exterior, procurámos desenvolver uma linguagem que fosse marcadamente contemporânea, com formas puras e simples, explorando a relação entre dois volumes retangulares com volumetrias distintas. Esses volumes ocultam, contudo, um interior que explora uma espacialidade que tira proveito dos telhados de duas águas, tão característicos das casas de campo tradicionais.

Apesar da modernidade aparente da volumetria, dotámos o exterior de materialidades que também exploram características vernaculares, nomeadamente o uso de madeira nas portadas, assim como o uso de forra cerâmica na cor branca.


No interior, continuou-se a exploração do diálogo entre o vernacular e o contemporâneo. Através do repositório do nosso imaginário, exploraram-se características das casas rurais que nos acompanham, particularmente casas com pé direitos variáveis e com a presença das pendentes dos telhados no interior.




Assim, nas duas zonas sociais da casa – a sala e a cozinha – procurou-se explorar a plasticidade volumétrica do telhado de duas águas, com diferentes alturas, criando hierarquias espaciais e uma dinâmica estimulante para quem vivencia a casa.







Quem está de fora, não consegue idealizar a riqueza espacial do interior, nem quem está no interior entende como o exterior apresenta uma linguagem tão elegante e minimalista. Esta ambivalência traduz-se numa casa moderna para uma vivência de campo.
[post_title] => Comporta: entre o moderno e o tradicional [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => comporta-entre-o-moderno-e-o-tradicional [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-11 08:41:49 [post_modified_gmt] => 2022-03-11 07:41:49 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=69918 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) [7] => WP_Post Object ( [ID] => 69903 [post_author] => 31 [post_date] => 2022-03-10 13:00:00 [post_date_gmt] => 2022-03-10 12:00:00 [post_content] =>Aos pés da Cordilheira dos Andes, existem abrigos feitos de pedra e construídos por habitantes locais. Em honra desse legado histórico, esta casa nasceu de uma pedra que ficou de uma construção antiga e materializou-se de uma forma ecológica.
Projeto: Estudio Alberto Tonconogy y Asociados / Área: 170m2 / Ano: 2020 / Localização: Argentina / Fotografias: Luis Abba /descrição enviada pelos aurores do projeto, via archdaily
O pedido do cliente foi o de construir um abrigo na região aos pés da Cordilheira dos Andes, na Argentina. Região onde, ocasionalmente, nas trilhas de montanha, existem abrigos chamados "pircas", feitos de pedra pelos habitantes locais.
À luz da história, foi decidido construir sobre as ruínas de uma construção "antiga”, e foi escolhida uma pedra com óxido de ferro, para que dela pudesse sair um abrigo em aço corten oxidado.


Para otimizar as vistas, as quatro fachadas foram transformadas em oito. Para conseguir isso, o programa foi dividido em dois edifícios: um dedicado às funções sociais e outro à zona de dormir. Os dois edifícios ligam-se por uma ponte de vidro.









Por estar localizado numa zona sísmica, o sistema estrutural flexível utilizado é todo metálico e pré-montado. Os dois volumes repousam sobre as respetivas lajes de betão sólido. Painéis de revestimento com características térmicas máximas cobrem todo o telhado, assim como as paredes fixas e deslizantes.


De salientar que esta casa fica completamente desconectada dos serviços externos e opera de forma autónoma. Um baixo consumo, painéis solares, tratamento de águas negras e reutilização contribuem para sua atitude ecológica.
[post_title] => Casas Ecológicas: Nascer de uma pedra [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => casas-ecologicas-nascer-de-uma-pedra [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-10 19:24:32 [post_modified_gmt] => 2022-03-10 18:24:32 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=69903 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) [8] => WP_Post Object ( [ID] => 69894 [post_author] => 31 [post_date] => 2022-03-10 08:00:00 [post_date_gmt] => 2022-03-10 07:00:00 [post_content] =>Com apenas 30 m2 este mini loft cria um ambiente de glamping numa versão urbana. Demolições precisas e intervenções cirúrgicas ajudaram a chegar ao resultado final.
Projeto: Pílula Antropofágik Arquitetura / Tipo: Remodelação / Área: 30m2 / Fotografia: Luiza Schreirer
Com apenas 30m2 e num estilo que lembra o glamping, mas numa versão mais urbana, este mini loft resultou de um projeto de remodelação e decoração assinado pela dupla Richard de Mattos e Maria Clara de Carvalho.

Numa paleta de cores onde predominam os neutros mas os terrosos e o preto dão um ar de sua graça, os arquitetos destacam o revestimento cerâmico em terracota na parede da cozinha, o betão à vista na viga que corta o teto entre o quarto e a sala, e o revestimento em preto e branco nas paredes da casa-de-banho, com a cuba de apoio também em terracota.


Para conseguirem este resultado, foram necessárias demolições internas e intervenções cirúrgicas como a madeira colocada no pavimento do quarto e que reveste também a parede , criando uma ideia de caixa que delimita visualmente toda a zona de descanso e, desta forma, ajuda a isolar da sala.


Voltamos à Ucrânia para vos mostrar um apartamento que data de 2019. Voltamos para, através de uma forma de inspiração que é o design de interiores, manter viva a memória do que está a acontecer.
Projeto: Pinchuk + Architects / Área: 73 m2 / Localização: Kiev, Ucrânia / Ano: 2019 / Fotografia: Andrey Bezuglov / segundo memória descritiva enviada pelos autores do projeto, via archdaily
Desengane-se quem acha que em 73 m2 não se consegue fazer muita coisa. Este apartamento em Kiev, que data de 2019, teve na textura do betão a sua grande inspiração. Um brutalismo que se expressa única e exclusivamente através da materialidade e que depois é suavizado por materiais naturais - como o pavimento em parquet, ou o lava-loiças em mármore na ilha da cozinha.



O caráter do betão é ainda harmonizado por apontamentos de cor, que ajudam a tornar mais quente os ambientes. E por detalhes metalizados que lhe conferem elegância, a par das cortinas brancas que suavizam o todo.









Uma das características mais marcantes do edifício onde o apartamento está integrado, são as paredes exteriores arredondadas. Um detalhe que a equipa de projeto se esforçou para manter no desenho.
A destacar há ainda as divisórias em vidro, que permitem que a luz natural entre nos espaço e como que os envolva num abraço apertado, que hoje tanto faz falta.
[post_title] => Kiev: O betão como inspiração [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => kiev-o-betao-como-inspiracao [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-10 19:23:57 [post_modified_gmt] => 2022-03-10 18:23:57 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=69879 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) [10] => WP_Post Object ( [ID] => 69679 [post_author] => 31 [post_date] => 2022-03-09 10:47:36 [post_date_gmt] => 2022-03-09 09:47:36 [post_content] =>Esta casa, que data de 2017, foi desenhada para acolher uma família jovem e toda a vida que cabia lá dentro. Ambientes pensados para reunir e um lugar especial onde os mais velhos não opinam. Um "Lugar Feliz" que torcemos para que, um dia, num futuro próximo, se volte a encher de alegria.
Localidade: Lviv, Ucrânia; Arquitetos: studio architecture & design O.M.SHUMELDA Área: 260 m²; Data: 2017; Fotografia: Ross and Helen Fabricantes e marcas: Hansgrohe, Ikea, LABRA, voglauer; segundo a memória descritiva dos arquitetos, via archdaily.
Esta é uma casa que data de 2017. Uma casa desenhada para uma família jovem com crianças. Uma casa pensada para submergirem no próprio mundo e escapar da vida urbana. Uma casa em Lviv, na Ucrânia.




Há de tudo um pouco: um canto acolhedor para reuniões familiares próximo de uma lareira, uma cozinha espaçosa que se transforma suavemente numa copa, uma sala para receber os amigos, ambientes onde são celebrados os momentos em família.





Mas o ponto culminante desta casa é o que os arquitetos e autores do projeto denominaram de “Lugar Feliz”. Um lugar da casa onde os pais não limitam o espaço para as fantasias infantis e onde os mais pequenos reinam.







Os espaços amplos e a luz generosa foram o ponto de partida para a remodelação. Agarrar os traços de outrora e criar ambientes contemporâneos foi o desafio, que o resultado atesta que foi superado.
Projeto: Gabriel Magalhães / Área: 115m2 / Fotografia: Gabriela Daltro / Tipo: Remodelação / Localização: Bairro da Graça, Salvador, Brasil
Foi integrado num prédio de 1980, que Cláudio e Rodrigo encontraram o apartamento que procuravam para primeira habitação. A ideia desde o início foi a de remodelar e tornar contemporâneo um apartamento antigo, sendo que originalmente ele precisaria de duas caraterísticas fundamentais: ter espaços amplos e bastante luz natural.
Com um programa tradicional composto por sala de estar e jantar, escritório, cozinha integrada com a sala, duas casas-de-banho, dois quartos e uma suite com closet, a inspiração que norteou o projeto assinado por Gabriel Magalhães foi a contemporaneidade dos clientes e as características do imóvel: amplas janelas, abundância de luz natural e muito espaço.
A ideia, conta-nos o autor do projeto, foi abrir ao máximo os espaços, usar cores claras e apostar em mobiliário pontual e de design.


Para chegar ao resultado final, foi necessário uma transformação total do apartamento. A sala passou a estar integrada com a cozinha, num espaço que ganhou amplitude com a demolição de um quarto de serviço. O novo layout da cozinha exigiu uma nova configuração e teve de ser totalmente modificada. Nos quartos, um deles viu o seu tamanho reduzido para permitir a construção de um closet e as casas-de-banho também foram alvo de intervenções profundas. Por último, o escritório nasceu de uma pequena zona sem uso que ficou assim aproveitada.

Na sala, a ideia foi a de virar o espaço para a vista do bairro e as copas das árvores, que ficam à altura do apartamento. Para concretizar, foi criado um banco em betão que acompanha toda a toda a extensão do espaço e que se vai adaptando a várias funções: uma vez é suporte para a televisão, outra para as obras de arte. Ainda na sala, um painel de madeira forra toda a parede e ajuda a camuflar a porta de entrada no apartamento, e as portas de correr que foram criadas para fechar o escritório. O mesmo painel tem também a função de suavizar o formato do hall de entrada, que tem uma configuração triangular.





Na cozinha, em contraste com as paredes e bancadas brancas, foi colocado um ladrilho hidráulico geométrico, azul e branco. Sobre a bancada, foram colocadas prateleiras suspensas. Na zona de serviço, foi criada uma bancada em betão, com armários de madeira e o teto foi pintado de azul.




Na suíte, a ausência de paredes capazes de “acolher” a cama, forçou o layout do espaço. A cama acabou por ficar por baixo da maior janela existente e para afastá-la da parede, foi criada uma cabeceira preta, ripada.

Gabriel Magalhães destaca algum mobiliário e obras de arte, nomeadamente, na sala a poltrona Costela e a escultura de Regina Misk, pendurada ao lado da porta de entrada do apartamento. Ao lado da poltrona, o banco de metal, desenhado pelo F Studio. E ao lado do sofá, a escultura Cabeça, de Paula Juchem. Na sala de jantar, os destaques vão para o pendente de André Ferri, o carrinho de bar e a fotografia da série de João Machado. No corredor dos quartos, há a salientar a escultura indígena, posicionada na parede ao fundo, que cria um ponto focal de praticamente todos os espaços do apartamento.

Local: Kiev, Ucrânia; Data: 2018; Arquiteto: Emil Dervish; Fotografias: Mikhail Loskutov
O apartamento, localizado no quinto andar de um prédio do período pré-revolucionário (início do século 20), no coração de Kiev, foi projetado por Emil Dervish para o seu amigo Marc Raymond Wilkins. A criatividade e o talento de um dos nomes que hoje destacamos. No mundo ideal, não haveria guerra. Que todas as casas fiquem de pé e que todas as famílias possam em breve regressar à sua.


O dono do apartamento é um talentoso diretor de cinema que já morou em Nova Iorque e Berlim, mas decidiu mudar-se para Reytarska, a rua mais bonita de Kiev.




O apartamento apresenta um pé direito alto (3,7m) e uma forma inusitada. O nome do apartamento, Birdsnest, é explicado pelo fato de estar localizado no último andar de uma torre com telhado em forma de cone.




O acabamento foca-se na criação de uma atmosfera acolhedora – texturas de madeira quentes, paredes de gesso marfim e teto de blocos de betão antigos, bem como elementos de latão.




Os móveis e detalhes como janelas e maçanetas foram especialmente projetados para este projeto, o sofá e poltronas foram transportados de Berlim. O lavatório da cozinha era do bisavô de Marc, e o piano era da sua mãe.


O apartamento é decorado com uma variedade de peças vintage, impressões exclusivas e pinturas, como, por exemplo, o retrato de um homem no quarto que é uma pintura do pai do proprietário.
[post_title] => A casa de um realizador de cinema em Kiev [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => kiev-aqui-mora-um-realizador-de-cinema [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-10 19:21:41 [post_modified_gmt] => 2022-03-10 18:21:41 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=69620 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) [13] => WP_Post Object ( [ID] => 69584 [post_author] => 22 [post_date] => 2022-03-08 18:20:20 [post_date_gmt] => 2022-03-08 17:20:20 [post_content] =>Este espaço é uma metáfora para uma mudança de perspetiva. Uma mudança na vida de uma mulher, do barulho e da velocidade da vida quotidiana para algo simples, mas completo e profundo, como um copo de bom vinho tinto. Depois da reforma, espaço fico livre, mais amplo, separado apenas por paredes de vidro e um sistema de guarda-roupa oculto.
Localidade: Kiev, Ucrânia; Arquitetos: Iya Turabelidze studio; Área: 70 m²; Data: 2018; Fotografia: Mikhail Loskutov; Fabricantes e marcas: &Tradition, GUBI, TOPCRET, Aromas del campo, Massimo Copenhagen, Menu, Bolia; segundo a memória descritiva dos arquitetos


"Queríamos ganhar o máximo de espaço livre possível e não sobrecarregá-lo com paredes, construções ou móveis. Este apartamento é feito para uma mulher, que está habituada a estar no meio das atenções de todos, sabe lidar com isso, assim como gosta de ficar sozinha.




Criámos um espaço onde se pode relaxar, sozinho, e festejar com um grupo de amigos que nunca dormem. Descartámos o antigo planeamento funcional e criámos um espaço livre, separado apenas por paredes de vidro e um sistema de guarda-roupa oculto.
As portas escondidas, os rodapés nas paredes brancas são importantes elementos, e funcionam como ajudantes para preencher um espaço maior.


As grandes janelas panorâmicas oferecem uma visão das colinas verdes de Kiev e, como um contraste com a intensidade externa das cores verdes, toda a paleta de cores no interior é suave e feminina.
Neste apartamento, todos os materiais também servem um propósito comum: o de ganhar mais espaço. As paredes foram pintadas de branco, exceto na área da cozinha e do corredor, onde usámos microcimento para tornar a superfície mais prática.



Usámos a mesma cobertura no piso da casa-de-banho. O WC de hóspedes é decorado com peças de mármore e o principal é decorado com azulejos de Portugal.



A proprietária do apartamento é uma grande entusiasta e amante do vinho, por isso usamos uma paleta de cores de vinho, do Rosé ao Bordéus, também visíveis nas cores da cadeira da Gubi, nos móveis da cozinha e no WC principal. No que toca aos móveis podem ser divididos em 2 grupos: Móveis escandinavos (cadeiras Gubi, sofá Bolia, mesas da Menu); e móveis feitos sob medida na Ucrânia (cama, banco do corredor, com design personalizado, mesa de jantar mesa, igualmente com design personalizado).
[post_title] => Kiev: um apartamento nas cores do vinho [post_excerpt] => [post_status] => publish [comment_status] => closed [ping_status] => closed [post_password] => [post_name] => kiev-um-apartamento-nas-cores-do-vinho [to_ping] => [pinged] => [post_modified] => 2022-03-10 19:21:24 [post_modified_gmt] => 2022-03-10 18:21:24 [post_content_filtered] => [post_parent] => 0 [guid] => https://urbana.com.pt/?p=69584 [menu_order] => 0 [post_type] => post [post_mime_type] => [comment_count] => 0 [filter] => raw ) ) [post_count] => 14 [current_post] => -1 [before_loop] => 1 [in_the_loop] => [post] => WP_Post Object ( [ID] => 70103 [post_author] => 31 [post_date] => 2022-03-15 15:30:27 [post_date_gmt] => 2022-03-15 14:30:27 [post_content] =>Apesar das dificuldades encontradas no processo de construção, a ideia materializou-se e nasceu uma nova tipologia urbana de habitação e espaço de trabalho com a função adicional de ser um local de exposição.
Arquitetura: Yerce Architecture & ZAAS / Localização: Konak, Turquia / Fotografia: Emin Emrah Yerce
Num mundo onde o uso criativo e eficiente do espaço se tornou uma necessidade, projetos que conseguem reunir diversas funções são cada vez mais procurados.
Esta casa-estúdio na Turquia é o exemplo de como um apartamento duplex inserido num edifício de 5 andares, pode tornar-se num ambiente multifuncional, que acolhe um espaço de trabalho, um estúdio de fotografia e um espaço residencial.

O cliente – um conhecido fotógrafo e artista - , trabalhou em estreita colaboração com os arquitetos do gabinete Yerce Architecture & ZAAS, na conceção e criação de uma casa que, ele queria que fosse mais do que apenas um lugar para morar e trabalhar.
Nesse sentido, o apartamento contempla também uma zona para exposições integrada no espaço do atelier. O que permite que, para além do proprietário, outros talentos locais possam expor o seu trabalho fotográfico e este espaço expositivo se assuma como um lugar alternativo para mostras no centro da cidade, onde as galerias de arte não são abundantes.
A entrada na casa-estúdio faz-se por uma área ampla, aberta e com duplo pé-direito que vai dar diretamente ao estúdio de fotografia e ao espaço de exposição. No mesmo piso foi criada uma casa-de-banho social, com um teto em forma de abóbada e revestido a material reflectivo – como se entrássemos num espaço futurista, que também serve como cenário fotográfico.


Uma escada escultural e desenhada sem guarda-corpo - para realçar o dinamismo e o ritmo da circulação no interior do espaço -, liga o piso térreo ao piso superior.


Enquanto o piso térreo foi projetado para atender às necessidades de um estúdio fotográfico e um espaço de exposição, o piso superior foi planeado para acolher escritório, zonas de descanso privadas e uma zona social de estar, com cozinha integrada, que reflete o estilo de vida do proprietário, que adora cozinhar para os seus convidados. Ao lado da cozinha, uma outra zona convida a relaxar junto à lareira e a desfrutar das vistas panorâmicas para a vegetação no exterior.






O piso superior foi também desenhado para servir como espaço adicional para sessões de fotografia, pois um dos objetivos do projeto, era maximizar o espaço para trabalhos fotográficos.



O resultado, como já referido anteriormente, foi a criação de um loft que atende a múltiplas funções, entrelaçadas entre si, sob o teto de um estúdio fotográfico, explica Nail Egemen Yerce, fundador da Yerce Architecture, salientando a permeabilidade entre os diferentes espaços e funções.
Apesar das dificuldades encontradas no processo de construção, nomeadamente em termos de tempo e orçamento, a ideia materializou-se e nasceu uma nova tipologia urbana de habitação e espaço de trabalho com a função adicional de ser um local de exposição. Segundo os arquitetos é o que se chama de “magia arquitetónica”.
Fotografias do Antes e Depois

