Não é pouco comum habitar em estúdios sobretudo no centro de grandes cidades. O desafio nestes espaços é criar uma adequada delimitação de ambientes para que não fiquem confusos ou até desconfortáveis.
Fotografia: Bosthlm via Coco Lapine Design
O apartamento que hoje partilhamos é um bom exemplo do conforto que se consegue mesmo em open spaces. Quem entra num espaço vazio, como se de um armazém se tratasse pode, à partida, ter dificuldade em reconhecer o potencial de transformar estes lugares em ambientes quentes e confortáveis. Contudo, alguns truques podem ajudar.
Colocar a cozinha numa parede inteira e dividir o quarto da sala apenas com um painel de vidro, são alguns dos truques aqui utilizados. Estas opções permitem obter a sensação de divisões separadas embora estando num só espaço.
Ao entrar nesta habitação os visitantes deparam-se com a cozinha e a sala, que embora se pretenda que fiquem ‘separadas’ mantêm uma certa uniformidade através de revestimentos e tonalidades. O pavimento em tábua corrida de madeira por toda a casa, o mesmo tom de cinzento nas várias paredes e a coerência em materiais e mobiliário permitem uma inteligente ligação entre os diversos ambientes.
O pé direito alto, as grandes janelas e sancas trabalhadas são pormenores arquitetónicos que também enriquecem, naturalmente, o resultado final. Mas outros detalhes há merecedores de referência: a prateleira de pedra no parapeito da janela e a estrutura de ferro que oculta o aquecimento, tanto na sala como no quarto, são pormenores de extrema importância ainda que menos evidentes.
O mood escandinavo é visível e potenciado por elementos tendência como, por exemplo, a parede quadriculada em caixilharia preta. Os brancos, cinzentos e nude são outras das características deste estilo de decoração do qual já temos vindo a falar (recorda-se da casa com 50 sombras de grey?). Bem como, o mobiliário de linhas simples mas funcionais e confortáveis.