Por a 29 Março 2022

O apartamento foi amor à primeira vista, conta-nos Kika Tiengo. E ao início, estava tão impecável que nem as paredes brancas precisavam de pintura. Só que a vida dá muitas voltas e a casa, enquanto espelho do que somos, também. Por isso, acabou por ser remodelada à luz de uma máxima: mais cor e menos coisas!

Projeto: Kika Tiengo / Área: 210 m2 Fotografia: Marco António

Desenhada pela própria Kika Tiengo para si e para a sua família, o apartamento foi amor à primeira vista. Uma paixão que se evidenciou nas grandes janelas com vista para as copas das árvores, nos espaços amplos e no pé direito generoso. Foi a única casa que visitaram e souberam de imediato que era a tal.

Kika Tiengo recorda que, quando se mudaram para o apartamento o mesmo estava impecável, não precisava nem de ser pintado, por isso mantiveram as paredes brancas. Por isso e porque, como diz o senso comum, não tendemos a enjoar de paredes brancas. Só que não foi isso que aconteceu e assim que foi possível, Kika tratou de adicionar cores aos ambientes.

Atualmente, o apartamento está “mais colorido que nunca”, diz-nos. Há uma parede roxa, outra verde e o teto está em lilás – tudo junto na mesma sala. “Acredito que estas mudanças na casa são reflexo de mudanças internas e eu mesma sinto-me mais colorida do que nunca”.

A vontade de adicionar mais cores já existia há algum tempo, mas o pontapé inicial surgiu com a necessidade de uma remodelação para dar resposta às novas exigências que a pandemia impôs.

Os três filhos dormiam no mesmo quarto e o terceiro quarto era usado como escritório. Com a telescola e o teletrabalho, sentiram a necessidade de deixar o filho mais velho num quarto sozinho, e os outros dois, gêmeos, a continuar a dividir um quarto. Foi criada também uma bancada grande na sala para servir de apoio ao teletrabalho dos adultos.

A remodelação teve ainda contornos de “limpeza geral”, que se traduziu em mais cor e menos coisas. O que ficou, sublinha Kika Tiengo, “é realmente importante para mim, quase um museu da minha história”. Tratam-se de peças de família, outras que a acompanham desde a primeira casa sozinha, presentes de pessoas queridas. “Posso contar uma história sobre qualquer objeto ou peça de mobiliário”.

Em suma, conclui Kika, “é uma casa pra ser vivida sem restrições, para ser usada em todos os cantos e para criarmos novas histórias juntos”.

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