Por a 3 Agosto 2022

Na edição que decorre em São Paulo, Brasil, até 11 de Setembro, a arquiteta Consuelo Jorge participa como convidada com um espaço a que deu o nome de “Templo de Memórias”.

Fotografias: Denilson Machado

Com um estilo único e reconhecida como umas das arquitetas mais importantes do Brasil, Consuelo Jorge é uma das convidadas da CASACOR São Paulo nesta edição comemorativa dos 35 anos da mostra, que acontece até 11 de setembro.

Seguindo o tema desta edição – “Infinito Particular” -, Consuelo criou um ambiente de 80m², que olha a casa como um “Templo de Memórias”, onde se encontra tudo o que é preciso para os momentos mais íntimos e de reflexão. 

“Este ano decidi fazer uma homenagem à minha mãe com uma instalação de 42 telegramas que ela recebeu no seu casamento em 1954 e que estavam guardados”, explica a arquiteta. Outro ponto importante, é uma linha do tempo com imagens que retratam toda o percurso de Consuelo Jorge na CASACOR SP. Imagens que revelam o sucesso das suas participações em 15 edições.

Projetado para ser um ambiente acolhedor e intimista, o espaço conta com uma zona de living e uma suíte, e tem a integração como ponto alto. Um painel ritmado que atravessa todo o espaço e é revestido em tecido Bradford Wool, da Decotrading, faz a ligação entre os ambientes.

Com uma paleta de cores neutras em tons mais escuros para criar um ambiente intimista e aconchegante, a mistura de texturas marca a diferença: palhinha natural, linho e a madeira do pavimento Tauari Minimal by Consuelo Jorge, da Akafloor, contrastam com a coleção Vestirsi, da Cinex, de portas e biombos em tramas naturais, que tem curadoria e parceria da artesã Claudia Silvestre.

Na zona de estar, o destaque vai para o sofá Pebble mostarda curvo de 3,60m, de Daniel Coutinho (Boobam), e os tapetes by Kamy. As poltronas Calin, as mesas de centro Cisa de Ronald Sasson, e o carrinho de chá Rolimã, de Claudia Moreira Sales, todos da Odara Casa, ajudam a compor o ambiente.  De salientar a obra de Eduardo Haesbarth – Desumano, da Galeria Bolsa de Arte.

Para completar esta busca por um ambiente de conforto, a poltrona Jangada, de Jean Gillon, está em destaque à entrada do ambiente representando uma memória do mobiliário. Consuelo destaca também o armário Síntese, da Cinex, em alumínio, vidro e com uma iluminação cénica que flutua e descansa sobre dois volumes de pedra, dividindo os ambientes.

No quarto, a nostalgia e a saudade invadem o ambiente com a instalação dos 42 telegramas. Para garantir elegância, o mobiliário foi escolhido criteriosamente: uma cama orgânica da Reveev & OSA, para Odara, em tecido da Quaker, escrivaninha e banco da Casa Teo, cadeira Tela, de Guilherme Wentz, e a cadeira Post Mundus by Martino Gamper, da Micasa, que serve como apoio para a cama, formam a seleção das peças. Para finalizar, tudo descansa sobre um tapete Hemp, da by Kamy. Outro destaque deste espaço são as fotos Epidermic Scapes, de Vera Chaves Barcellos, da Galeria Bolsa de Arte.

Por último, a iluminação é um dos pontos fortes deste conceito intimista, um projeto de Elaine Pires da Allure Design de Iluminação, focando toda a luz nas obras e peças de arte.

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