É a casa de férias por excelência. Aquela que guarda as memórias de infância, que tem paredes que contam histórias, que lembra dias que entram pelas noites e tardes de vagar. Chama-se Casa Santa Teresa e é um refúgio de verão a escassos passos do Mediterrâneo.
Projeto: Amélia Tavella Arquitetos / Localização: Córsega, Espanha / Fotografias: T.Dini
Córsega é a quarta maior ilha do Mar Mediterrâneo. Uma ilha montanhosa que combina cidades costeiras elegantes com picos escarpados, florestas densas com paisagens deslumbrantes e um mar azul com casas de cortar a respiração.
É nesta ilha que fica a Casa Santa Teresa, uma casa à beira-mar que nos lembra dias de sol e tardes lentas, e que é assinada por Amélia Tavella.
Nesta casa construída sobre um Mediterrâneo que se desdobra a poucos metros e ao qual se consegue aceder a pé, o interior e o exterior são como um só e equilibram-se através da luz que passa pelo crivo das venezianas e do convite lançado pelas portas amplas e giratórias.
“É uma casa dos anos 50 que teve de ser reconstruída. Queria que a beleza fluísse, que fosse um convite ao horizonte e à imaginação”, explica Amélia Tavella. “Os diferentes níveis dentro da grande sala de estar, a sua lareira e os quartos superiores ligados por uma escada de madeira, são como degraus de acesso à praia”.
Com uma fachada fachada branca e lisa a Casa Santa Teresa é a casa de férias por excelência, aquela que me assalta a memória das noites felizes de infância. Ela expressa o gesto arquitetónico de Amelia Tavella:
“Quando construo, prossigo por inclusão. A natureza invade os meus projetos, ela não é um obstáculo, é minha anfitriã. Adapto-me às árvores, à luz, ao relevo. É a minha maneira de equilibrar um gesto moderno, uma arquitetura, com a tradição de uma falésia, uma ravina. Há algo ancestral com a natureza e eu sou muitas vezes movida por isso. Quero inscrever o edifício no espaço original sem chocar nada, mover ou maltratar. Ser uma extensão, não uma amputação”.