Sou…
Sou Jorge Curval, tenho 57 anos de vida, estatura mediada por uns olhos cinza esverdeados, de compleição física vigorosa e energética. Sou irrequieto mas do mesmo modo tranquilo no meu dia após dia. Trabalho com o yin e o yang. Descanso pouco, gosto do trabalho como um louco e acima de tudo, sou livre e insatisfeito.
Começo…
Comecei a pintar e desenhar desde que me lembro, na escola primária, 5 anos talvez. Aos 13 senti novamente uma grande vontade de explorar esse “poder” e atração pelas formas e pelas cores, voltei a pintar compulsivamente durante 3 anos, sem qualquer justificação, apenas pelo prazer de pintar. No entanto só aos 25 anos me dei conta de que queria fazer da arte a minha vida. Desde aí nunca mais desisti, foi sempre assim…
A minha arte retrata o meu olhar sobre o mundo, onde os sentimentos humanos são representados num ciclo de ideias e renovação. A vida é um ciclo de momentos positivos e negativos, é um trabalho bipolar onde a alegria se mistura com o drama. As guerras são um ciclo negativo, mas a destruição faz parte do processo criativo.
Como trabalho….
O meu método de trabalho é como subir uma montanha, querendo chegar a um objetivo, é importante definir o objetivo e saber onde é que fica o cume, não depende só do que acontece, mas daquilo que se procura. Ainda assim e por outro lado, subir a montanha leva-nos a vários caminhos onde temos que contornar os obstáculos que se nos deparam. Por vezes há que voltar para trás, outras apanhar o caminho mais longo em vez do mais curto, mas sempre no sentido de que “não sei para onde vou, mas sei que tenho que ir”. Implica sempre interrogar-me a mim mesmo, saber o que me interessa e aprofundar um conhecimento que me leva a produzir determinada obra de arte.
Dependendo da maneira como a arte for concebida e consequentemente trabalhada, ela assumirá diferentes papéis na sociedade. Se limitarmos a arte a uma conceção positiva ao estilo “Arte é”, limitaremos também o seu papel no processo de socialização da criança e do adolescente. É preciso caminhar para uma reflexão de busca de métodos de pesquisa e de ensino.
Pintores preferidos?
Muitos…. Caravaggio, Michelangelo, Giotto, Van Gogh, Turner, Goya, Picasso, Duchamp, Rothko, Andy Warhol, Francis Bacon, Anish Kapoor.
Época Preferida?
Todas…. Todas são importantes, são a minha fonte de investigação e conhecimento.
Quadros preferidos:
– “Massacre dos inocentes” (1611-1612) de Rubens;
-“A thousand years” (1990) de Damien Hirst.
Peças de design:
-Poltrona Eames (1956);
-Curval – Bar Man (1995).
Galeria?
Guggenheim.
Quem gostaria de ter conhecido?
Gostaria de ter conhecido Sophia Loren.
Sobre o meu futuro profissional?
Incerto.