Esta casa de férias é um pequeno reduto de bem-estar e o reflexo do sentido estético da sua proprietária, misturando os suaves tons de bege, areia e grão, com o branco.
Fotografia: José Manuel Ferrão / Produção: Amparo Santa-Clara / Texto: Isabel Figueiredo
Adquirida no final de 2021, a casa principal reunia todos os predicados para, depois de alguns ajustes, receber a família nos seus períodos de férias. Localizada na serra de Grândola, em pleno campo, rodeada de sobreiros, da propriedade avista-se a paisagem do verde vale e todo o entorno inspira a calma total. Porque dista alguns quilómetros do mar, a propriedade está equipada, ainda, com uma piscina, que refresca o cenário e os que ali mergulham, de preferência nas horas de menos calor.
Depois das obras levadas a cabo, tão necessárias quanto desejadas, a casa ficou mais ampla, confortável e funcional. Para tal contribuíram a nova suíte, equipada hoje com casa-de-banho, antes inexistente, a reconstrução das demais instalações sanitárias, e da piscina, mas também a substituição das janelas, além da nova pintura.
Organizada em cozinha, sala de estar, casa-de-banho e dois quartos, um deles suíte — cuja área de banho veio substituir o antigo forno a lenha, adaptado para o efeito —, esta casa tem, do lado de fora, um alpendre além do pátio, onde se usufruem os momentos de descanso e algumas refeições.
Em frente à sala, e no seguimento do pátio, há ainda uma outra suíte, erguida a partir de uma ruína, cujas grossas paredes são as originais, em pedra. Esta suíte, preparada para receber os convidados, está localizada a uma curta distância da casa, assegurando toda a privacidade aos hóspedes e seus anfitriões.
No interior da casa, o branco e os tons de beje dominam, numa ligação à cor da areia. Por seu turno, as paredes exteriores foram caiadas de branco, em linha com as casas típicas da região. “É uma zona quente e as cores claras, existentes no interior, são frescas, mas também contribuem para a atmosfera de tranquilidade, algo que foi muito desejado e em que se pensou especificamente para esta casa”.
O verão, o sol e a luz natural serviram como base de inspiração. Nesse sentido, são várias as peças que que nos transportam para paisagens quentes, caso de África, o país de origem da sua proprietária. “Optei por escolher os tapetes, de Marrocos, os potes antigos da tribo Masala, mas também as almofadas, os espelhos, os cestos, entre outros, de algumas dessas origens, com características étnicas, porque me lembram o meu país de nascimento”. Estas peças de mobiliário e acessórios casam com algumas fotografias, e tudo, de um modo geral, está no lugar certo, e na quantidade certa, nem a mais nem a menos.
Ao nível dos revestimentos e demais materiais, foram escolhidos a tijoleira, para o piso, a madeira, para os tetos e janelas, estas últimas pintadas de cinzento e bege e o cimento espatulado, visto nas instalações sanitárias.