Por a 30 Agosto 2022

O contraste é nítido. Um volume branco, como que entalado entre empenas, cresce como um farol de luz no meio de prédios antigos. A casa que é também galeria privada, é um conjunto de experiências espaciais, conferindo ao habitar uma dinâmica que se enquadra em várias frentes.

Projeto: Elding Oscarson Architects / Fotografias: Ake E:son Lindman

Entre casas antigas da cidade de Landskrona, na Suécia, num terreno com apenas 5 metros de largura e com uma área estimada de 75 m2, nasceu um volume de frente para a rua mas também com vista para o interior de um quarteirão.

Os proprietários – um casal com ligações ao mundo da arte -, queriam usar a casa como uma galeria privada, e nesse sentido, eram precisas paredes para expor e não tanto para criar privacidade.

A equipa de arquitetos criou um espaço único, suavemente compartimentado por finas lajes de aço expostas, que abrangem toda a largura da casa e dividem o seu programa – cozinha, sala de jantar, sala de estar, biblioteca, quarto, espaço de banho e terraço. Existe também um escritório, mas está situado num volume separado e num pequeno jardim. 

Ao todo, a área bruta da casa ficou em 125 m2, que se distribuem por um sistema simples que cria diferentes experiências espaciais – espaços confinados e arejados; nichos, interiores e exteriores; vistas horizontais e verticais; e vistas cuidadosamente enquadradas do local. 

O espaço interior contínuo abre-se para a rua, para o meio do quarteirão e para o céu. Estas aberturas para todas as direções, cria um volume de construção monolítico e transparente. Todas as fachadas são tratadas igualmente, expondo o interior e oferecendo vistas através do edifício com aberturas semelhantes, seja na frente, nas traseiras ou nas laterais. 

Sustentabilidade

O consumo de energia é 57% inferior ao regulado e foi alcançado através da utilização de uma bomba de calor com fonte de ar e um sistema de ventilação com recuperação de calor. A isso juntou-se uma construção com blocos sanduíche LECA e com isolamento EPS integrado. Segundo os arquitetos, a dimensão sustentável foi além dos processos construtivos e materiais aplicados: “tivémos muito cuidado em estudar minuciosamente tudo, desde todas as dimensões imagináveis, luz, transparência e sequências espaciais”.

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