Por a 2 Fevereiro 2021

Fotografia: Ricardo Junqueira Produção: Amparo Santa-Clara

É difícil ser-se único hoje em dia. No mundo onde tudo é acessível a quase todos, ser-se único é uma tarefa quase impossível.

Mas Cristina Santos, responsável pela decoração deste espaço, fez um trabalho fenomenal a tornar peças essenciais do dia-a-dia únicas, especiais e diferentes. É isto que distingue um espaço banal de um confortável e acolhedor.

No pequeno T2, no coração de Lisboa, onde as vigas de madeira se mostram nas paredes e a luz rasga a sala, não há nada que seja colocado ao acaso. Com um pequeno budget à medida das necessidades do espaço, é uma casa de short renting, era essencial ter peças confortáveis, bonitas e que enchessem o olho, já que neste tipo de casas é essencial não abusar nas peças decorativas. 

Com estas linhas em mente, Cristina desenvolveu uma decoração sóbria com detalhe, onde a estrutura da casa foi usada da melhor forma possível, onde a estética parte do uso de vários materiais e texturas e não tanto de muitas cores ou objetos.

Na sala o sofá em “L” é exemplo disso, cinzento, neutro, mas com uma conjugação de almofadas de diferentes texturas e padrões, que dão dinâmica à sala. Fazendo brilhar o espaço, estão ainda os acabamentos nobres, o chão em tábua corrida e as vigas despidas na coluna, que nos transportam para a zona de refeições. Neste espaço, pequeno, mas muito bem aproveitado, uma das paredes é acabada num esponjado em tons de cinzento, que cria um efeito de profundidade.

Na cozinha estreita, a pedra original da zona do forno foi mantida e o resto do espaço meticulosamente calculado para albergar armários à medida, onde tudo possa caber.

Nos quartos, a decoração foi igualmente pensada para ser prática mas confortável, com materiais nobres e peças-chave. 

A parede do quarto maior é igualmente acabada em efeito cimento, o que a torna na parede principal. Sobre a cama uma manta de pelo do mesmo tom confere, sem dúvida, uma sensação de conforto. 

No outro quarto, com mais luz, as cores são mais leves, com o uso de cinzas e verdes limas e com detalhes-chave, como a mesa de cabeceira em madeira, igual ao chão.

De uma ponta à outra da casa, os pormenores decorativos, os pequenos apontamentos e os detalhes são a chave de sucesso para um projeto como este, onde o espaço é limitado, o propósito é objetivo e a criatividade não tem limites.

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