O conceito de maximalismo é pouco assumido entre consumidores e designers, mas tem um leque muito próprio de aficionados. Já parou para pensar se se enquadra neste perfil?
Fotografia de destaque: José Manuel Ferrão
Por oposição ao minimalismo que, por tradição, apresenta espaços clean e minimalistas, surge o maximalismo. Que se traduz tão somente em potenciar o exagero e a extravagância!
Conhecido pela expressão “menos é chato”, o arquiteto Robert Venturi deu voz a este conceito mais voltado para a diversão e para as personalidades fortes.
Completo oposto do “less is more”, adorado pelos minimalistas que primam por ambientes claros, leves, funcionais, com pouco ruído e sem exageros, o maximalismo é, efetivamente, o seu contrário. Prefere contrariar as regras, ser o mais eclético possível e até complexo.
Caracterizado por muitos padrões, muita cor, repetição, ousadia, pormenores gráficos e um número infinito de possibilidades criativas. Misturam estilos, procuram a originalidade, os seus projetos podem até ser “barulhentos” mas, sobretudo, não abrem mão da sua liberdade criativa.
MAXIMALISTAS ADORAM…
A mistura de estilos! É ultra bem vinda. O tradicional com o moderno, o rústico com o romântico ou o contemporâneo com o industrial… para citar apenas alguns casamentos improváveis.
As paredes dos seus projetos tendem a ser chamativas e as formas, os tons e as texturas são quase sempre levadas até ao limite.
Raramente trabalham com uma palete de cores única, preferem tons variados, misturados com diferentes texturas permitindo uma explosão de sensações apenas ao alcance de verdadeiros maximalistas!
Gostam do excesso e, por isso, nas suas intervenções notamos muitos objetos, livros, almofadas e plantas, quadros, esculturas, fotografias, espelhos, souvenirs de viagens, entre outros.
Mas atenção, adotar o excesso não é necessariamente sinónimo de um ambiente pesado e confuso. Uma boa decoração maximalista exige uma certa experiência e até perícia. Só um bom profissional conseguirá gerir o bom gosto, com todos os cuidados e excessos na dose certa!
