O atelier mexicano Workshop Diseño y Construccion, assina o projeto desta pequena casa em Yucatán, com apenas 86 m2.
Projeto: Workshop Diseño y Construccion / Fotografia: Tamara Uribe / segundo a memória descritiva enviada pelos arquitetos
Localizada em Yucatán (México), a casa consiste num projeto que maximiza a sensação espacial, tirando partido do seu pé direito duplo e integrando harmoniosamente o exterior com o interior.
O terreno, de apenas 105 metros quadrados, abriga uma casa tipo estúdio, que foi projetada como residência de férias para os seus proprietários, mas, por se tratar de um espaço pequeno, o principal objetivo do projeto foi criar sensações espaciais de amplitude e conforto, dirigindo os olhares para fora.
A entrada para a casa é feita através da cozinha, que está equipada com uma ilha e faz parte de uma pequena sala de jantar para duas pessoas. Este espaço, com um pé-direito duplo, convida os proprietários, através de uma grande janela, a apreciar as vistas dos jardins, onde uma pequena piscina com Chukum – uma mistura da resina da árvore com o mesmo nome com cimento branco e calcário, ideal para criar acabamentos – circunda o terraço, criando um ambiente ideal para desfrutar do clima quente da região.
Na parte inferior do terreno, encontra-se a área de serviço que se esconde atrás de uma antiga porta colonial e uma fachada de pedra, que, por sua vez, serve de acabamento visual para a área do terraço.
No mezanino, por cima da cozinha, encontra-se o único quarto da casa, que dispõe de uma casa de banho completa que se integra num pequeno jardim, onde a treliça da fachada permite que os ventos predominantes de norte percorram a casa na sua totalidade.
Da sala, e aproveitando a janela de pé-direito duplo da sala de jantar, tem-se uma vista privilegiada das copas das árvores de frutos dos pátios das casas contíguas, representativas do bairro García Ginerés.
A Casa Hannah, assim foi batizada, pretende ser um espaço confortável e funcional que evoque a arquitetura regional de Yucatán, através do uso de materiais tradicionais, mas incorporando um sentido contemporâneo na sua volumetria e espacialidade, jogando com as alturas e usando o vidro como elemento principal para alcançar uma sensação de amplitude, que, aliada ao uso de cores neutras nos pisos e paredes, criam um belo contraste com a arte, os móveis de madeira e a vegetação que se distribui por todo o interior do local, criando uma atmosfera de frescura neste cantinho tropical do mundo.