Tornar uma casa colonial, com um recheio composto por móveis de época e obras de arte que vão do clássico ao contemporâneo, num conjunto de ambientes leves e coloridos, pode à partida não parecer uma tarefa fácil. Guta Louro agarrou o desfaio com ecletismo e transformou a casa num patchwork artístico.
Projeto: Guta Louro / Área: 420 m2 / Fotografia: Romulo Fialdini
O desafio lançado à arquiteta Guta Louro foi o de remodelar uma casa, conferindo-lhe leveza e cor, mas mantendo móveis de época e o acervo das obras de arte dos proprietários.
Com 420 m2, a casa foi totalmente repensada, até porque, explica a arquiteta, “ a forma como as obras de arte estavam distribuídas, não as valorizava, nem às suas cores vibrantes”. O mesmo se passava com os móveis de época, “que eram visualmente pesados porque estavam estofados com tecidos tradicionais em tons mais fechados”.
À exceção do pavimento – que devido a uma infiltração teve de ser trocado -, a casa não sofreu grandes obras, uma vez que o foco do projeto foi a renovação dos interiores. Contudo, a necessidade da troca foi aproveitada para nivelar toda a zona da sala – que anteriormente tinha uma espécie de altar -, e criar um único ambiente.
“Aproveitámos todos os móveis da casa, trocámos os estofados por tecidos em cores mais ousadas e acrescentámos alguns móveis e acessórios modernos dentro de um novo layout, agora mais despojado. Também pintámos as paredes num tom de amarelo suave e fizemos um novo projeto de iluminação, dando mais destaque às obras de arte”, conta a arquiteta.
Como a casa tinha uma arquitetura colonial e tinha no recheio móveis de época e obras clássicas, modernas e contemporâneas, a inspiração partiu de tudo o que já existia e da necessidade de harmonizar todos os elementos, destacando a paixão e a personalidade de cada membro da família.