Por a 28 Abril 2022

Aos 26 anos, o arquiteto João Panaggio estreia-se na CasaCor Rio 2022, com o projeto de uma casa com 100 m2, inspirada no nomadismo e totalmente integrada na natureza.

Projeto: João Panaggio / Tipo: Design de Interiores / Fotografias: Denilson Machado

O nomadismo foi o conceito que inspirou João Panaggio a projetar, nos jardins da CasaCor Rio 2022, a Casa Migrante, um espaço de 100m2 construído do zero a partir de uma estrutura metálica para ser uma residência de fim de semana, e que tem a particularidade de poder ser desmontada e “experimentada” em novos lugares.

Fazendo um percurso paisagístico em torno de um espelho de água em forma de raia, o visitante é convidado a entrar numa grande “caixa”, repleta de vãos e painéis em vidro, que deixam a farta vegetação ao redor visível em qualquer canto da casa.

No interior, Panaggio projetou no mesmo plano, a sala, a cozinha e um quarto, este último delimitado por uma divisória em semi-círculo de madeira “trançada”, que vai do piso ao teto, alinhada com uma generosa claraboia de 2,1m de diâmetro, sob a qual repousa uma cama de casal. “Aqui, é possível dormir a olhar para as estrelas e acordar com os raios de sol a bater na cara, filtrados pelas árvores”, brinca o arquiteto.

Na casa-de-banho, uma parede de vidro transparente separa o jardim da zona onde ficam a banheira de imersão e dois duches fixados no teto.

O projeto também é rico em materiais naturais, como cambraia de linho, madeira e pedras, e a decoração de estilo minimalista, aposta numa paleta de tons neutros, com móveis de design tanto no interior da casa, como no jardim.

Na fotografia à direita, um retrato de João Panaggio na Casa Migrante

 “Todas as paredes – interiores e exteriores -,  e também as portas, foram revestidas no mesmo material, uma textura artesanal feita com restos de obras”, revela o arquiteto. “O método construtivo rápido e transportável permite que a Casa Migrante atenda a diferentes localizações, seja na serra, na praia, na floresta ou até mesmo num contexto urbano, por cima de um edifício já construído”, conclui Panaggio.

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