Amantes de vela e da vida ao ar livre, os proprietários desta casa chamam-lhe “o barco nas árvores”. Dona de um minimalismo que se revela na estética e no desenho dos espaços, é na procura da simplicidade que resgata pedaços do exterior.
Arquitetura: Paul Bernier Architecte / Fotografias: Raphaël Thibodeau
Os proprietários chamam-lhe “o barco nas árvores”, porque, dizem, vista da rua o formato da casa intriga quem passa e anima o bairro onde se insere.
A casa tinha que ser pequena, contam, mas otimizada, de acordo com as suas necessidades e as características do local. Em conjunto com os arquitetos foi então desenhada como uma caixa de madeira protegida por um grande telhado branco, que sustenta um volume elíptico sugerindo a forma de um barco avançando em direção ao lago.
No interior, o quarto principal ocupa a proa deste barco, com uma série de colunas de aço que sustentam o telhado, oferecendo uma vista panorâmica do lago e do pôr do sol.
No piso térreo, uma grande janela é coberta por lâminas de madeira, conferindo à fachada um efeito semitransparente ao mesmo tempo que protege a privacidade dos habitantes. Os grandes painéis ripados deslizam para fora, permitindo que a fachada virada para a rua se abra ou se feche. Na posição aberta, um painel deslizante também proporciona privacidade à varanda com vista para o lago.
Na fachada a tardoz, uma grande janela abre os espaços de estar do piso térreo para a praia e a vista para o lago. No verão, quando as portas deslizantes estão abertas, o vento sopra através das janelas, dando a sensação desse estar a navegar no lago.
O telhado branco, sustentando por finos postes de aço pintado, excede o perímetro da casa, protegendo o interior de temperaturas elevadas. Para além disso, cria uma grande varanda protegida da chuva e protege um terraço na parte de trás da casa, que se projeta para o terreno como um cais no lago. Este telhado é coberto com um telhado verde e um terraço acessível a partir do quarto principal, com vista para o lago.