Por a 21 Dezembro 2021

É saber morar bem, é rodearmo-nos de essencial, numa casa ampla e com luz. É viver perto do rio. É, ainda, viver em harmonia com a riqueza do património arquitetónico da bela Lisboa, com um pedaço de exterior só para nós.

FOTOGRAFIA: Gui Morelli TEXTO: Isabel Figueiredo PRODUÇÃO: Amparo Santa-Clara

No largo de Santos, mesmo voltado para o jardim do bairro, este apartamento estende o charme, o requinte, também, e a sua história à totalidade dos seus 235m de área e aloja uma família com dois filhos, além da empregada que com eles habita. Há́ espaço ainda para um logradouro, a tardoz, de 35m2, complemento bem-vindo para quem, mesmo com um jardim à porta de casa e o rio por perto, gosta de prolongar o olhar até ao pedaço exterior mais próximo.

O programa descreve-se da seguinte maneira: quatro quartos e um outro, interior, uma área comum com aproximadamente 70m2 e a cozinha aberta para a sala de estar e zona de refeições; somam-se quatro casas de banho, duas delas nas suites e outra no quarto da empregada e uma outra, ainda, de visitas e que dá apoio a um dos quartos. Lá fora, construiu-se uma lavandaria feita com os móveis da antiga cozinha que se abre, ou fecha, tornando-se visível ou invisível. 

“Mas a casa nem sempre foi como a conhecemos hoje. antes, dividia-se em várias áreas interiores, com várias portas em cada divisão e poucas casas de banho face ao tamanho da casa”, revelam-nos os seus proprietários. 

Remodelada, adaptada aos dias de hoje, potenciados ainda mais os seus desde já belos detalhes, hoje esta casa exibe-se ampla, luminosa e com um requinte muto subtil. o projeto de interiores coube ao arquiteto João Santos Lima, “que fez um excelente trabalho dando mais espaço e maior vivência à casa”. 

São importantes e elogiadas valências o espaço, em primeiro lugar, e a altura das paredes, que do chão ao teto medem 4,5 metros, os tetos trabalhados, o bom gosto da remodelação, os materiais e, como não? a localização: em frente ao jardim, ao lado do rio e numa das melhoras zonas de Lisboa. 

“Podem construir-se prédios novos, com outro tipo de comodidades, mas são casas como esta, cada vez mais raras, que mostram o melhor de Lisboa”, salienta um dos nossos interlocutores. 

No processo de remodelação foram privilegiados os materiais simples, como a pedra de Lioz, as madeiras. também as janelas, com vidros duplos, fazem parte desta equação. Neste trabalho de modernização e embelezamento, inclui-se a cozinha, inteiramente feita à medida, com detalhes escolhidos de modo que se integrasse em total harmonia com a sala.

 “Esta casa foi crescendo com a Família”, acrescentam. “Foi-se adaptando às mudanças e a esta remodelação de grande vulto. Com o tempo, as peças de artistas e alguns objetos de decoração foram sendo adquiridos. todos contam uma história e transitaram de divisão em divisão até esta última remodelação. 

todos os espaços aqui mereceram o olhar atento do arquiteto e de quem habita a casa, todos se exibindo elegantes, onde apetece estar. o complemento? o Espaço exterior, que mesmo não sendo grande, é um refúgio muito bem-vindo, sempre que apetece estar lá fora. Sem sair à rua. 

Viver na cidade, assim, é sempre um privilégio, e se for num dos bairros fronteiriços ao rio tejo, tanto melhor, acrescentamos nós.

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