Por a 26 Março 2021

Um edifício dos anos 70, que reúne no projeto assinado pela BC Arquitetos, influências modernistas e mestres das décadas de 50 e 60.

Fotografia: Denilson Machado

A habitação de 230m2 situada em São Paulo, apresenta uma arquitetura – da BC Arquitetos – limpa, sensorial e cenográfica que privilegia o fluxo e ligação entre os espaços, com muito poucos elementos.

As colunas revestidas com concreto, efeito cimento afagado,  foram o ponto de partida para o layout transformando-o num dos elementos mais marcantes da habitação. Reforçando em simultâneo as influencias, inspirações arquitetónicas e preferências do proprietário.

A opção recaiu na seleção de poucos materiais, apresentados de forma bruta, minerais e madeira natural, especialmente selecionados para o projeto.

A madeira de nogueira tem, efetivamente, uma forte presença na habitação revestindo a quase totalidade das paredes do apartamento.

As várias influências modernistas, inspiradas pela poética contemporânea e minimalista, norteiam as paixões do proprietário, paisagista de profissão.

Também o mobiliário foi selecionado criteriosamente com elementos da autoria de outros mestres brasileiros das décadas de 50 e 60, como as cadeiras em ouro preto adquiridas em antiquário, a mesa pétala de Jorge Zalzupon ou as poltronas de Jean Gillion, para citar apenas uma pequeníssima parte do acervo.

O projeto foi ainda valorizado pela seleção de obras de arte contemporâneas, da fotografia à escultura.

Na sala de refeições, integrada na cozinha, com mesa de cadeiras em couro original, vemos ainda algumas referências emotivas como é o caso da luminária trazida pelos proprietário numa viagem aos países nórdicos.

Naturalmente que também o quarto e casa de banho mantêm a mesma conceção arquitetónica e o mood denso e autoral foi potenciado pelas loiças sanitárias de tom preto. A obra de arte é de Florian Raiss.

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