Por a 28 Março 2020

Arte contemporânea de artistas portugueses e estrangeiros, peças de design, objetos icónicos, muita cor. Um duplex cheio de vida com projeto do Arquiteto Manuel Aires Mateus

Texto: Marta Lucena / Fotografia: José Manuel Ferrão

Onde fica?

Num dos melhores bairros de Lisboa, o Príncipe Real.

Arquitetura e história

Era um prédio velho que pertencia à família Aires Mateus que esteve durante muitos anos à espera da aprovação da Câmara para poder convertê-lo em atelier, o que nunca aconteceu.

A Cadeira Eames é uma das grandes protagonistas da sala

Os atuais donos da casa que tinham uma outra apalavrada no Chiado, acabaram por escolher esta hipótese que entretanto tinha surgido. O projeto é do Arquiteto Manuel Aires Mateus que dividiu o prédio em dois apartamentos. Os diferentes ambientes (sala, casa de jantar e cozinha) são abertos e comunicam entre si. O acabamento do chão é em pinho e as paredes todas pintadas a branco o que ajuda a realçar toda a cor dos muitos objetos.

Na sala enorme, um dos cantos serve de escritório. A secretária é anos 50 da YoYo e o banco real de madeira é da tribo africana Axânti, comprado a Marta Mantero

Decoração

Uma decoração pouco estudada porque como diz a proprietária “é mais um amontoado de objetos que fui comprando e juntando ao longo dos anos do que propriamente uma decoração. Está cheia de coisas que gosto como livros que tenho por toda a casa, até na lavandaria! Apesar de gostar de tecnologia continuo a gostar de passar as paginas e sentir o livro“.

Aqui não existem espaços vazios. Todos os cantos deste duplex transmitem vida e alma. Quadros, fotografias, livros, cd´s, revistas, peças de design, móveis antigos de família, convivem alegremente neste espaço moderno com muita luz. “A minha casa é uma coisa muito importante na minha vida, é a minha privacidade e onde adoro receber os amigos“.

Na parede da entrada do quarto principal, um banco do Séc XIX em Pau Santo que pertencia à avó da dona da casa. Uma coincidência engraçada: a mala preta que está por baixo do banco foi encontrada na loja de antiguidades Virgílio Seco. A etiqueta dizia “fashion producer” exatamente a profissão de quem a comprou! As mesas-de-cabeceira são da Poeira.
Na casa de banho de visitas, módulos de madeira da Poeira e fotografias a preto e branco compradas em Londres e tiradas pelo fotógrafo que fotografou Marilyn Monroe uma semana antes de ela morrer.

Nas paredes, obras de artistas portugueses e estrangeiros: Pedro Proença, Pedro Calapez, Conillo, Manuela Xavier, Fabesco, Sofia Simões, Inez Wijnhorst entre outros.

Uma casa divertida, nada convencional e com muita personalidade.

Veja aqui em detalhe na galeria de imagens:

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