Por a 17 Setembro 2024

Integrar uma arquitetura tradicional local com as necessidades modernas de uma familia foi o desafio colocado a Viviane Cunha neste projeto. Mais luz natural, mais fluidez e a capacidade de acolher peças trazidas de viagens também faziam parte dos requisitos. O resultado foi fotografado por Daniel Saeta.

Projeto: Viviane Cunha / Fotografia: Daniel Saeta / segundo memória descritiva

No sul de França, em Montelimár, região da Provença, esta casa de 250 m² foi remodelada pela arquiteta Viviane Cunha para um casal franco-brasileiro e os seus dois filhos adolescentes. A esposa, uma advogada francesa, e o marido, um médico brasileiro, ambos com cerca de 45 anos, queriam uma casa para receber amigos e familiares e que acolhesse peças trazidas de viagens. 

O design da casa foi planeado para integrar a arquitetura tradicional local com as necessidades modernas da família. O objetivo da remodelação foi trazer mais luz natural para os ambientes e integrá-los, dando uma sensação maior de fluidez. “Eles queriam uma casa aberta para o jardim, com áreas sociais amplas e bem iluminadas,” conta Viviane.

As mudanças começaram pela substituição dos pisos escuros e pesados. No andar de baixo, foram instaladas grandes placas de cerâmica fosca em tom de cimento queimado, enquanto o andar superior recebeu um laminado de qualidade superior, semelhante à madeira clara, para combinar com o teto. Esta troca foi fundamental para dar uma sensação de continuidade entre os ambientes.

Originalmente, o andar superior da casa possuía alguns quartos, uma grande casa de banho e um mau acesso ao sótão. “Decidimos manter a casa de banho para os três quartos, remover o mobiliário fixo do corredor para criar uma circulação ampla e agradável, e abrir o sótão ao máximo. Criámos janelas que antes não existiam para trazer mais luz natural para esta área,” explica Viviane.

O sótão foi transformado numa sala íntima com TV, sofá-cama e armários, tornando-se num local multifuncional onde os filhos podem estudar, relaxar e socializar.

No andar de baixo, foram removidas portas e paredes entre o hall de entrada, a sala de estar e jantar, e foram abertos vãos para o exterior onde era possível. 

“O que mais gostei neste trabalho foi perceber os modos de viver e os hábitos diários desta família, e depois propor soluções que atendiam às suas necessidades”, finaliza  arquiteta.

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