Por a 21 Maio 2024

Fica localizada em Silves e resultou de um projeto de remodelação assinado por Joana Dalmau Pinto. A arquiteta transformou os 45m2 disponíveis numa casa contemporânea, sem perder a identidade tradicional.

Projeto: Joana Dalmau Pinto / Fotografia: Zavialstudio / segundo descrição do projeto

Após largos anos de abandono, esta moradia escondida nas estreitas ruas do centro histórico de uma das cidades mais antigas do país, Silves, ganhou finalmente uma nova vida. A intervenção surgiu do encontro entre duas mulheres.

Joana Dalmau Pinto é arquiteta, mãe de duas crianças e apaixonada pela sua terra natal, Silves, onde vive e trabalha, e onde tem desenvolvido inúmeros projetos de arquitetura.

Sara Mendes é dentista de profissão, mãe de uma adolescente, e de espirito empreendedor, tendo recentemente descoberto a paixão pelo design, criando a ReviveDesign.

O desafio ganhou forma após o primeiro contacto com a casa. A arquitecta Joana Dalmau Pinto, em colaboração com a Studioarte, estudou formas de transformar aquela moradia de 45m² num espaço que possuísse uma maior contemporaneidade sem que perdesse a sua identidade tradicional e sem que se tornasse num objecto estranho na paisagem.

Reorganizando o seu interior, conseguiu optimizar a amplitude visual, fazendo aberturas verticais e horizontais que atravessam todo espaço, conferindo-lhe uma maior grandeza, e criando elementos transformadores, como a parede totalmente rotativa dotada de uma televisão que divide dois espaços ao nível do piso de entrada, e abrindo grandes vãos para o seu terraço na fachada tardoz, inundando toda a casa de luz natural e dotando-a de uma vivência agradável também no seu exterior.

O piso de entrada é composto por dois quartos, sendo um deles em suite e onde a iluminação chega criativamente através de um pano de vidro no teto, uma instalação sanitária comum e um espaço que pode ser usado tanto como uma aconchegante sala de televisão como um pequeno quarto de hóspedes.

Através das escadas suspensas que interligam os dois pisos e iluminam o corredor, chega-se ao piso superior, este caracterizado por ser a área social da casa, com sala e cozinha, totalmente em open-space, e com acesso privilegiado ao acolhedor terraço através dos generosos panos de vidro que, quando abertos, dissolvem a barreira entre o interior e o exterior, que se abre para a vista pela cidade.

Sara Mendes, que desde logo se apaixonou pelo projecto, teve um papel presente e dinâmico, tanto na escolha dos materiais, que procuraram ser um elemento que trouxesse uma riqueza forte em termos de texturas e criação de sombras, como de todo o mobiliário e equipamento usado nesta moradia.

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