Desenhada como uma casa para uma família em crescimento, este projeto é a materialização de uma convergência bem sucedida entre criatividade e pragmatismo e o testemunho de uma integração harmoniosa com a envolvente.
Projeto: David Noordhoff / Fotografias: Jade Cantwell / segundo memória descritiva
Desenhada como uma casa com três quartos para um casal que prevê um crescimento futuro, este projeto é o testemunho de um design meticuloso e de uma integração harmoniosa com o ambiente onde se insere.
Segundo contam os autores do projeto, foram vários os desafios que marcaram o percurso arquitetónico desta casa, entre eles, o de filtrar as muitas ideias dos clientes, enfrentar regulamentações – por se situar numa local protegido -, e lidar com a escassez de materiais – uma vez que a fase de construção coincidiu com o início da pandemia.
Inspirando-se no vernáculo local – a casa que se localizada numa localidade australiana -, presta homenagem aos humildes edifícios agrícolas que pontuam a paisagem – na forma mas também nos materiais e na linguagem. O design também levou em consideração os movimentos do sol, o que levou à construção de telhados inclinados que recebem estrategicamente o sol quente no inverno, ao mesmo tempo que proporcionam sombra no verão. Uma abordagem que, garantem os autores do projeto, respondem à estética mas também à funcionalidade e à prática.
Incorporar no projeto um espaço de estúdio para James – um dos clientes – tornou-se um elemento chave do design. Dada a sua profunda ligação com a música, esta adição não só atendeu a uma necessidade prática, mas também acrescentou um toque pessoal ao design geral.
A seleção de materiais desempenhou um papel fundamental na formação da residência, especialmente tendo em conta o orçamento modesto. Equilibrando necessidades práticas com desejos estéticos, os materiais escolhidos deram prioridade à durabilidade, funcionalidade e a uma integração perfeita com a paisagem circundante.
A flexibilidade nos acabamentos permitiu acomodar os clientes, garantindo que os espaços atendessem às suas necessidades e permanecessem dentro do orçamento. Reconhecendo o clima extremo do local – onde as temperaturas podem variar significativamente, a eficiência térmica tornou-se uma prioridade. Assim sendo, o projeto não responde apenas ao clima desafiador, mas também aproveita o contexto em que se insere.
Em suma, a casa, cuidadosamente elaborada, vai além da estética arquitetónica. É uma resposta às necessidades específicas dos seus ocupantes, uma integração harmoniosa com o meio ambiente, uma referência no respeito pelo contexto histórico e a materialização de uma convergência bem sucedida entre criatividade e pragmatismo.