Por a 28 Julho 2021

O complexo Masia de Can Perpinyà, construído no século XVIII, foi destinado durante 200 anos à exploração agrícola e pecuária. Nos anos 2000 a casa foi abandonada e, 20 anos depois, as novas gerações da família decidiram instalar-se naquele lugar para aí iniciar uma propriedade de criação de cavalos.

Fotografia: Del Rio Bani / segundo a memória descritiva via ArchDaily

O projeto Can Daudor faz parte deste processo de modernização da quinta, transformando um antigo celeiro numa casa unifamiliar para os novos proprietários do complexo, um espaço de vida doméstica e de trabalho, que serve de suporte para as próprias tarefas da nova propriedade.

A casa está organizada em dois níveis com entradas diferentes, poupando assim a inclinação natural de 3 metros e diferenciando as entradas domésticas das de trabalho. Os dois níveis estão ligados por uma escada aberta que permite uma relação visual constante entre os pisos, sendo o único ponto da casa onde se pode apreciar o volume total do projeto.

O pavimento principal apresenta-se como um espaço contínuo e articulado, visualmente ligado à paisagem através de aberturas generosas, algumas existentes e outras feitas no processo de recuperação. A lareira desempenha um papel fundamental neste espaço, situando-se no centro de gravidade do espaço habitacional, sendo o fogo um elemento primitivo gerador de vida.

O piso térreo abriga os espaços dedicados à arrumação e trabalho assim como um conjunto de divisões independentes que constituem a sala de estar e a sala de verão, espaços da casa para um aproveitamento estival na parte mais fresca da residência.

FICHA TÉCNICA:

Arquitetos: Aramé Studio
Área: 250 m²
Ano: 2021

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