Por a 21 Maio 2019

A Love Tiles desafiou o Atelier de Catherine Cabral para renovar o seu showroom de Lisboa e, juntas, apresentaram um resultado final surpreendente onde a cerâmica é (e)levada, uma vez mais, a outro nível. A Urbana falou com a designer de interiores que, juntamente com Nair Silva, do departamento de comunicação da marca, nos explicaram os segredos desta fórmula de sucesso.

A marca de cerâmica reconhecida por se ligar afetivamente às pessoas ajudando-as a sentir cada espaço das suas casas através de ambientes elegantes e exclusivos entrou na sua segunda década de vida. Em jeito de celebração pela primeira década de sucessos, e pela vontade e garra de abraçar a segunda com a mesma paixão pela cerâmica, a Love Tiles voltou a apostar nas mentes criativas para mostrar que as potencialidade da cerâmica que vão muito além da aplicação em pavimentos de paredes.

Foi em plena reabertura do showroom da Love Tiles e Margres, no Parque das Nações, que Nair Silva nos explicou como tudo começou.

“Desde há 10 anos – estamos na 11ª renovação – que lançamos um desafio a alguns designers, arquitetos de interiores e decoradores.  Apresentamos-lhes as nossas coleções novas e uma ‘tela em branco’ para criarem um espaço de raiz com muito poucas limitações. É o casamento perfeito, o melhor da cerâmica, com o melhor que estes profissionais conseguem fazer. Quem melhor do que eles para entender de que forma a cerâmica pode ser mostrada, vivida e aplicada?”

O showroom está aberto ao público, assim como o de Aveiro, e permite ao consumidor final perceber os diferentes materiais, as diferentes formas de viver a cerâmica e aconselharem-se relativamente à aplicação. A compra já terá de passar por um distribuidor.

Para Catherine Cabral o convite foi encarado, acima de tudo como um “enorme desafio”. O produto é muito mais especifico do que se pensa e criar um ambiente integralmente revestido a cerâmica (pavimento, paredes e teto!) que fique, igualmente cosy, é desafiador.

É a própria designer quem nos faz a visita guiada, apresentando-nos os dois conceitos distintos que idealizou: Escape in e o Escape Out.

“O Escape In é um escape urbano que está muito influenciado pelo betão nesta coleção Arise. É uma casa citadina, jovem e com um jardim interior.

À entrada tens um chão feito de três cores do Arise e é um pavimento que não existe da forma tal como está apresentado. Isto é, nós desenhámo-lo especialmente para aqui. Existem estes quadrados, mas não existem as barras nem os quadrados de intercessão. Quisemos trazer para aqui aquele quadriculado que existe em pedra, nos palácios antigos para criar uma dinâmica maior no chão.

Já “dentro de casa” fizemos um painel na parede com as folhas da coleção Genesis. Em vez de forrarmos a parede com as peças, fizemos um painel, um quadro que resultou muito bem. As lanternas marroquinas e contemporâneas dão o mood de jardim urbano à porta fechada, quase como um pátio sevilhano.

Ao entrarmos para o jardim interior temos um banco ‘de rua’, um tanque, floreiras e toda uma estrutura de vigotas com o tom brique, contrastante com o resto. Toda a casa é virada para este pátio. Na o mobiliário foi desenhado por nós.

A cozinha tem jardim  para os dois lados, algo bastante simpático para cozinhar. É um canto de refeições muito cozy, a bancada e os bancos foram desenhados com formas retas. O tom verde e as plantas ajudam a ‘aquecer’ o ambiente.

Passando a cozinha existe um corredor com espelho e uma casa de banho com duche e lavatório que “desenhámos em bloco neste T e que acompanha o chão por ai a fora”, explica a designer.

Esta é uma zona privada da casa com ligação ao jardim, tem dois closets e uma banheira. O desenho foi muito neo clássico, em pedra e Arise.

O quarto é em tons neutros e apostámos em dois biombos para criar um ambiente acolhedor. Dá igualmente para o jardim e as vigotas ajudam a dar alguma intimidade.

Escape Out

Deste lado, iniciamos com uma zona de escritório integralmente forrado dando a ilusão de madeira, para um espaço mais intimista.

Na sala de estar principal a cerâmica vai para além das paredes e do chão… presente também nos tetos! Desenhamos este teto com ar de montanha, quase chalet, com lareira. O chão surge como se fosse madeira embutida no betão (o pulse) e, em contraste Os dois sofás arredondados para criar forma orgânica, surgem como contraste. Usámos uma coleção Genesis mais orgânica.

Por fim, temos outra zona privada, com um corredor que nos conduz à casa de banho onde usámos o material Pulse  nos revestimentos nas paredes e pastilha no duche.

Para visitar de segunda a sexta, das 10h às 18h30. (encerrado entre as 13h e as 14h).

Créditos das imagens: Ivo Tavares Studio

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