Transformação do antigo armazém de peles com mais de dois séculos de existência. A fusão da integridade histórica com o luxo contemporâneo, num projeto que liga o seu passado e futuro.
Esta meticulosa renovação, pelo coletivo de arquitetura de David Thulstrup, converte o espaço, outrora industrial, em quatro apartamentos exclusivos, abraçando a rica herança do edifício e criando uma narrativa que liga o seu passado e futuro.
Uma paleta de materiais naturais, incluindo tábuas de madeira Dinesen, realça a beleza da estrutura original, elevando habilmente os seus componentes mais simples.
O couro Sorensen, proveniente dos melhores produtores da Dinamarca, é utilizado para revestir o elevador, fazendo referência à história do edifício como armazém de couro e conferindo aconchego e textura a cada apartamento.
“O meu objetivo era revelar a beleza de tudo isto, utilizando uma pequena paleta de materiais originais, em respeito pelo edifício, como paredes rebocadas, simples tábuas de pinho e pedra finlandesa, mas inserindo-os num contexto mais relevante. Esta é uma declaração contemporânea dentro de uma transformação; não quero imitar o passado, quero colocar o futuro no passado”, refere David Thulstrup.
Grandes janelas integram cuidadosamente vistas deslumbrantes tanto do canal histórico como da cidade vibrante, criando um diálogo perfeito entre os dois. A transformação preserva elementos estruturais, revelando vigas de pinho substanciais e paredes de tijolo, ao mesmo tempo que implementa funcionalidades modernas, como um núcleo central que alberga comodidades vitais sem comprometer o conceito de espaço aberto.
O projeto apresenta três apartamentos de um só piso e uma penthouse duplex, juntamente com um espaço comum no piso térreo que inclui uma sauna e áreas de entretenimento que levam a um pátio privado e lugares na marina.
Com conclusão em fevereiro de 2024, este empreendimento destaca-se como um significativo “novo antigo” endereço em Christianshavn, um exemplo requintado de conservação, transformação e vida elevada.
Impedidos de dividir o espaço interior em divisões, foi enfatizada a experiência do espaço aberto inserindo dois cubos num núcleo central para albergar uma escada, cozinha planeada e casas de banho. O resultado significa que é possível ler a estrutura de todo o edifício, uma condição importante para o tombamento como património histórico, que preserva o sentido de lugar e cria uma vista incomparável para a cidade contemporânea de um lado e para o canal histórico do outro.