Voltamos às casas onde o que falta em área sobra em eficiência e também em imaginação. Nestes 48m2, Carolina Gava criou um apartamento prático, funcional, e principalmente onde apetece estar. Um casulo dos tempos modernos onde os tons neutros se aliam à madeira e ao cimento, para juntos criarem ambientes elegantes e aconchegantes. Uma casa de cidade que nos enche as medidas.
Projeto: Carolina Gava / Fotografias: João Paulo Soares de Oliveira / segundo memória descritiva
Prático, funcional e ao mesmo tempo acolhedor. Estes foram os requisitos passados a Carolina Gava – a arquiteta responsável por este projeto. O cliente queria ainda uma decoração integralmente nova e alinhada com os conceitos descritos em cima.
“O cliente pediu-me um apartamento sofisticado e confortável e, acima de tudo, funcional para contornar a área pequena. A elegância também era um ponto importante no projeto”, conta a arquiteta.
No projeto de remodelação, Carolina decidiu manter a laje de betão aparente e os revestimentos da casa de banho, que tinham sido entregues pela construtora responsável pelo projeto. As alterações compreenderam também a integração da varanda – que antes estava isolada por portas de correr -, na sala, tornando este espaço mais amplo.
Segundo Carolina, de uma forma geral o projeto bebeu inspiração no conceito de wabi-sabi, para criar ambientes intimistas e aconchegantes. A paleta de cores adoptada privilegiou os tons neutros e terrosos para conferir sofisticação.
No mobiliário, mais do que elementos de dimensões compactas que fossem ao encontro dos 48m2 do apartamento, a arquiteta procurou misturar opções de tecidos e texturas para proporcionar uma experiência tátil.
Para o pavimento foi escolhido um revestimento cerâmico que lembra cimento queimado – não só por questões estéticas mas também por facilitar a manutenção. Todas as marcenarias foram desenhadas pelo escritório de arquitetura, que adicionou palhinha para adicionar elegância e conforto. Nas paredes, a opção recaiu por uma textura delicada, numa cor que lembra o linho e que, segundo Carolina, faz toda a diferença no resultado final.
Como destaque, a arquiteta elege a porta dupla de correr que delimita a suíte, permitindo integrá-la com o restante espaço, quando necessário.
“Outro dos grandes desafios desse projeto foi criar uma estrutura de móvel em madeira para esconder os eletrodomésticos. Além termos de medir cada centímetro para caber tudo, sem ocupar muito espaço, escolhemos detalhes em palha para garantir a ventilação necessária e assim evitar o excessivo aquecimento dos equipamentos”, conclui Carolina Gava.