Uma base neutra, um pilar em cimento aparente, mobiliário contemporâneo e de assinatura e apontamentos de cor. Uma receita que resultou na perfeição nesta remodelação pensada para um jovem casal com três filhos pequenos.
Projeto: Escala Arquitetura / Fotografia: Juliano Colodeti
Com 190 metros quadrados e uma remodelação completa assinada pelo escritório Escala Arquitetura, este apartamento é a residência de um casal jovem com dois filhos pequenos e uma bebé recém-nascida. Carolina Escada e Patricia Landau – as arquitetas por detrás do Escala -, levaram a cabo uma transformação total que inclui também toda a decoração.
“Os clientes queriam uma cozinha integrada na sala, espaços funcionais e acolhedores para receber amigos e familiares, uma suíte de casal ampla e dois quartos confortáveis para as crianças”, conta Patricia.
Para atender aos pedidos, a planta original sofreu algumas alterações. Por exemplo, uma casa-de-banho foi deslocada para se conseguir ampliar a cozinha – que como foi pedido acabou integrada na sala -, e uma copa espaçosa foi criada para acolher toda a família no dia-a-dia, especialmente as crianças.
A área útil da suíte do casal também foi ampliada com a eliminação de um pequeno closet existente e passou a contar com um quarto de banho maior. “Decidimos manter o lavabo social original para ser compartilhado pelos dois quartos infantis”, informa Carolina. “Com a remodelação, todas as áreas sociais do apartamento passaram a ser sequencialmente integradas: hall, sala de estar e jantar, cozinha e sala de tv”, acrescenta Patricia.
De uma forma geral, o projeto procurou uma atmosfera informal em todo o apartamento. Na decoração, é praticamente tudo novo, com exceção do carrinho antigo usado como bar da sala, do quadro amarelo de grandes dimensões do artista Marcelo Solá, e do tapete e poltrona da sala de TV, que vieram do apartamento antigo.
Entre os móveis novos, de estilo contemporâneo, as arquitetas destacam a mesa de centro Água, do designer Domingos Tótora (que já estava no topo da wishlist dos clientes) e o par de poltronas Costela, clássico de Martin Eisler dos anos 50, estofadas em couro caramelo para dar um toque sofisticado ao ambiente.
As cores aparecem de forma pontual nos adereços, obras de arte e em algumas peças de mobiliário, como a poltrona dos anos 50, assinada por Zanine Caldas (estofada em tecido terracota), e a cadeira Tubo (estofada em tecido azul bic), assinada por Guilherme Wentz.
A copa ganhou cores mais fortes e ousadas, com paredes azuis e cadeiras com assento em tecido alaranjado, tornando-se num espaço singular e bastante acolhedor.
A aposta, ao nível das cores, materiais e acabamentos, foi uma base neutra, composta por paredes claras e materiais naturais – como a madeira, o granito, algodão, linho, couro, e cimento. “Revestimos as paredes da cozinha com réguas de granito rústico e estendemos o material até a sala”, informa Carolina.
Outro destaque no projeto são as portas de correr de madeira, instaladas entre a sala e a cozinha. “São elementos robustos e de grande impacto que oferecem a opção de isolar os espaços, sem os vedar totalmente. Usámos o mesmo método na estante da sala, para camuflar duas mini adegas”, finaliza a arquiteta Patricia Landau.