Por a 1 Março 2023

A artista inaugura no próximo dia 3 de Março uma exposição individual no Museu da Água ( Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos), em Lisboa. Descubra mais sobre Teresa Esgaio nas 5 perguntas que lhe fizemos.

Nascida na Nazaré mas sedeada em Lisboa, desde 2015 que Teresa Esgaio vem expondo o seu trabalho a nível nacional e internacional. Os seus desenhos, exploram conceitos como o tempo, a memória e a identidade e é bem possível que já os tenha visto e jurado que eram fotografias. Mas não são. A sua próxima exposição – “Ponto Zero” -, inaugura no dia 3 de Março, no Museu da Água (Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos) e estará patente até ao dia 2 de Maio. Marque na sua agenda! À Urbana, Teresa respondeu a 5 perguntas, entre elas, porque não podemos perder esta exposição.

Quem é Teresa Esgaio?

Uma pessoa normal.

O que a inspira?

Mais do que inspiração, sofro de inquietude e é sempre esse o ponto zero do meu trabalho.

Os seus desenhos são fundamentalmente a preto e branco. O que a apaixona nesta linguagem?

Eu vejo melhor a preto e branco. Para mim, o preto e branco elimina o desnecessário, fica tudo mais claro. Tem uma austeridade que me agrada. 

O que gostava muito de desenhar que ainda não desenhou?

Correndo o risco de me contradizer, talvez cor. Seria um desafio.

Porque não podemos perder a sua próxima exposição?

Na minha próxima exposição há patos, estátuas gregas, papéis esmagados, pedras e linhas que sendo exactamente isso, também são outras coisas. O desenho é, para mim, uma tentativa constante de materializar desenhos internos. Parar para desenhar é equivalente a parar para pensar e esta exposição, como as anteriores, representa uma esfera de pensamento. Este conjunto de desenhos reflecte uma tomada de consciência do nosso lugar, da nossa ligação ao solo, colocando o peso, a densidade das massas e o espaço que elas ocupam como constantes incontornáveis na relação do Homem com a realidade. Existir implica uma constante relação de submissão ou resistência às leis da gravidade e, neste conjunto de trabalhos, interessa-me uma certa ideia de verticalidade em oposição a esta força que empurra os corpos para baixo. Um verdadeiro tropismo força o ser humano a manter a cabeça erguida, a coluna vertebral na sua posição recta, vertical, como um fio de prumo interno, que serve de eixo e nos ensina a vencer intimamente a gravidade.

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