Por a 2 Novembro 2022

Com uma dimensão estética mais despojada e minimalista, esta é a história de um apartamento que foi transformado em duplex. Localizado na zona da Lapa, a casa tira partido da vista sobranceira ao rio Tejo.

Projeto: João Tiago Aguiar, arquitectos / Localização: Lisboa / Ano: 2020 / Fotografia: FG+SG – Fotografia de Arquitectura / descrição enviada pelos autores do projeto.

Esta é a história da transformação de um apartamento – localizado no último piso de um edifício dos anos 20 do século passado -, num duplex, tirando partido da vista sobranceira ao rio Tejo e com vista para um dos cartões-postais mais emblemáticos da cidade de Lisboa: a Ponte 25 de Abril.

A grande mudança neste projeto, foi o aproveitamento do sótão e a consequente criação de duas amplas mansardas e respetivos terraços (virados a nascente e poente), mudanças que trouxeram alterações profundas na organização do espaço, agora mais racional e pragmático. Este lado utilitário é a essência do projeto, que não descura a dimensão estética mais despojada e minimalista.

Esta ampliação permitiu criar um duplex em que se optou por soluções flexíveis e adequadas a estilos de vida urbanos, enquanto a privacidade foi preservada. As zonas social e privada, separadas em dois pisos, permitem ajustar a casa às necessidades do quotidiano, estabelecendo uma conexão entre a habitação e os habitantes.

No piso superior, toda a zona social, com a cozinha aberta para sala de estar, a sala de jantar contígua e terraços à frente e a tardoz, procuram responder à demanda de socialização mais estreita e contínua.

O desenho de duas novas trapeiras, beneficiou o espaço, agora mais amplo e desafogado como requeria a chegada de um novo membro à família.

Já no piso inferior, o de entrada, localiza-se toda a zona privada, ocupada por quatro quartos, sendo um deles uma suíte, enquanto os outros três partilham a mesma instalação sanitária. Existem ainda uns arrumos no aproveitamento do desvão da escada e uma instalação sanitária social.

Destaque para a nobreza e simplicidade dos materiais utilizados, nomeadamente o soalho em madeira de carvalho, o vidro e a pedra mármore branco Estremoz.

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