Por a 24 Agosto 2021

A Bak Gordon Architects concebeu o irreverente projeto que rompe com as tradicionais habitações alentejanas.

Fotografia: Francisco Nogueira

A construção concebida pelo conceituado gabinete de arquitetura Bak Gordon Architects, situa-se em pleno litoral alentejano e emerge da figura de um extenso tanque de água fixado a uma parede, virado a sul, como se fosse uma caixa de ressonância de toda a paisagem.

É do outro lado da parede que se concentram as zonas sociais da habitação, com duas boas salas e lugares de transição entre interior e exterior, fundamentais para a boa utilização de quem habita a casa.

É em torno do pequeno pátio interior que gravitam, por sua vez, as zonas privadas da habitação.

O elemento inconfundível e que confere maior caráter e personalidade à habitação, passa pela opção de forrar a totalidade da casa com argamassa de cal de tons terrosos, isolada com cortiça do exterior.

As tonalidades mantêm-se no interior da habitação potenciando a sensação de conforto, mesmo apesar do pouco mobiliário existente. O jogo constante entre sombra e luz natural também preenche o espaço.

A forma e geometria dos espaços, com as suas aberturas pertinentes, juntamente com a a materialidade escolhida potenciam sensações apenas percetíveis a quem sente o espaço, in loco.

A localização de terraços e piscina com vista para a natureza foram estrategicamente pensados de modo a conciliar privacidade e sensação de desafogo simultaneamente.

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