Por a 21 Agosto 2020

Um projeto inspirado no conceito dinamarquês denominado “hygge” que privilegia os pequenos prazeres, sobretudo, o conforto.

Fotografia: Lilia Mendel

90m2 Para um casal e o seu cão. A proprietária, Marina Romeiro, foi também, a arquiteta que remodelou e assinou a decoração deste apartamento que parece ter ganho amplitude graças ao trabalho de eliminação de diversas barreiras físicas.

Os revestimentos, já antigos, estavam danificados e os espaços eram bastante compartimentados. A arquiteta eliminou algumas paredes e aproveitou para trocar a parte elétrica e a canalização do apartamento, uma vez que o edifício tem cerca de 40 anos.

A varanda foi integrada à sala através da remoção das paredes que delimitavam duas divisões distintas.  A arquiteta não só abriu a cozinha para a sala como também aumentou o espaço da mesma, incorporando o quarto de serviço da planta original. “Esta integração gerou uma permeabilidade visual melhor na sala. Os espaços ficaram mais amplos, melhorando ainda a iluminação e ventilação naturais como um todo”, explica Marina.

A escolha de materiais também ajudou a criar esta unidade visual entre os dois espaços. O tijolo branco, por exemplo, começa na parede principal da sala e invade a varanda, assim como o pavimento cerâmico com efeito madeira, presente em todo o apartamento.

Tendo em conta que a varanda é a extensão da sala, a arquiteta criou nela um ponto de apoio, com uma bancada pensada para receber os amigos. Aliás, o sofá da varanda é propositadamente mais profundo, quase que convidando a pessoa a sentar de forma mais ‘despojada’.

A paleta de revestimentos e marcenaria é neutra, deixando assim uma tela em branco para a decoração. Tendo em conta que a arquiteta gosta muito de cor, optou por criar pontos coloridos nos objetos, como o tapete, almofadas e adornos. O resultado é um ambiente leve mais fun e colorido.

O facto de o apartamento ficar num piso baixo, com vista para a vegetação verde à altura da varanda, potencia a sensação de quintal, quase de moradia.

Na cozinha, os utensilios utilizados no quotidiano podem ser camuflados através da porta ‘camarão’ que se fecha sempre que necessário. O vidro atrás do fogão foi outra boa ideia pois permite a entrada de luminosidade vinda da sala e, em simultâneo, esconde as roupas da área de serviço. “Adoro a minha cozinha aberta para a sala, ficou super funcional e agrega toda a gente em dias de casa cheia”, acrescenta Marina Romeira.

Outro dos sonhos realizados pela arquiteta com este projeto foi a criação de um closet, ainda que pequeno. Para isso, a especialista diminuiu a casa de banho e usou parte do corredor. Sem armários no quarto, o espaço ficou bastante mais fluído.

A arquiteta inspirou-se no conceito dinamarquês denominado “hygge” fazendo deste um lar acolhedor. O resultado é uma casa jovem, fresca, clean, cheia de vida e luminosidade e, acima de tudo, prática e funcional.

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