Localizada numa área tranquila, nos arredores da cidade, esta casa é a continuidade da paisagem da qual faz parte.
Projeto de Arquitetura: MU
Fotografia: Ulysse Lemerise Bouchard
De costas voltadas para a rua, a casa Nook oferece uma fachada virtualmente cega que estimula a descoberta e desperta a curiosidade. Aberturas estrategicamente localizadas e uma grande lacuna na massa branca dão uma ideia da bela paisagem, em baixo, quando nos aproximamos do edifício.
No interior, a clara sequência de espaços abertos no piso térreo revela sucessivamente diferentes visões do Lago Memphremagog. 
Separando o social dos espaços privados, uma área lounge é como uma pausa no percurso de descoberta da arquitetura da casa. Atuando como salão suspenso sobre o vazio, a varanda interior entre os dois níveis acentua a nossa apreciação do local em todo o seu esplendor.
O terreno íngreme ditou rapidamente as primeiras restrições do projeto. A casa agarra-se ao terreno íngreme e parece projetar-se em direção ao lago. Como um origami, os dois volumes estão ligados por uma faixa de flexão dinâmica que junta os telhados. As projeções criadas atuam como sombreamento solar e protegem um enorme terraço voltado para o sul.
A madeira pintada de branco reveste uniformemente todos os lados e permite uma integração mais delicada do edifício no seu ambiente. 
No interior, a sobriedade dos materiais cria uma tela para um espaço que é ao mesmo tempo brilhante e quente. Pisos radiantes de cimento polido, azulejos de cerâmica preta e móveis de nogueira pontuam o espaço com elegância.
Os tetos de cedro estendem-se para fora, como uma continuidade dos telhados do lado de fora, estendendo-se para o lago. 
Janelas abundantes diluem as fronteiras entre o interior e o exterior, e uma escada preta na continuidade, com o corrimão, no andar de cima, conduz aos quartos do nível inferior.
Dois grandes quartos, uma casa de banho e um dormitório com paredes de cimento compõem na sua maioria o nível do solo.