Por a 10 Dezembro 2020

Uma casa premiada, com uma longa história estética.

Fotografia: onefinestay.com / photoforpress.com

Situado nas ruas paralelas de Clerkenwell, em Londres, esta casa vitoriana transformada num espaço moderno e contemporâneo é um diamante em bruto da arquitetura britânica.

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O edifício, originalmente usado para fazer barris para cervejarias, no final do século XIX, foi mais tarde, comprado por uma empresa da Polinésia Francesa, HQ antes de ser convertido numa casa na década de 1980.

O arquiteto responsável por este projeto inovador, Chris Dyson e a sua empresa foram escolhidos para este projeto em 2015, e transformação deste edifício trouxe reconhecimento nacional à empresa depois de receberem um prémio do 2016 Sunday Times British Homes Awards.

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Esta casa foi premiada em muitos aspectos, mas a cima de tudo por demonstrar o valor de uma profunda entrega profissional,  do atelier CDA (Chris Dyson Architects), que conseguiu tornar uma tonnelleria de cervejaria original num refúgio urbano clean, contemporâneo e confortável ao mesmo tempo.

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A ideia do atelier CDA foi abordar este projecto num esquema de “menos é mais” tanto na obra como nos acabamentos e decoração.

A base do edifício foi ‘’despida’’ para tentar chegar à origem dos materiais, e tentar que todos estes fossem recuperados da melhor maneira. Foram abertas paredes falsas posteriores à construção original, tornando os espaços mais amplos e despojados. A área de estar da família, agora estendido porão fornece o foco central da casa. Acima deste espaço familiar agora criado, surge ainda um átrio de altura tripla, onde uma escadaria dramática faz a ligação com um quarto de luxo e finalmente emergindo em um generoso terraço.

No que toca a decoração, a simplicidade foi a chave, usando peças de design com presença estrutural mas com pouco impacto em termos de cor ou textura.

A parede com o jardim vertical interno é um ponto difícil de passar despercebido, e que contrataste com a parede de pé direito altíssima coberta de tijolos originais.

As peças, a paleta de cor, o ferro e o tijolo são características irrefutáveis de um ADN urbano, mas a decoração equilibra discretamente cortando a frieza e a falta de conforto que este estilo pode vir a ter!

O cliente que contratou a equipa de Chris Dyson diz ‘’Trabalhamos de forma transparente com a equipe do CDA para garantir que nossa solução tecnológica respeitasse plenamente esta estética que combina linhas “novas e antigas”.’’

Nesta casa o cliente e o arquitecto criaram também um suporte tecnológico que faz a ponte entre a casa e o morador.

O equipamento audiovisual, o aquecimento, a iluminação, as cortinas e as câmaras de segurança podem ser facilmente acedidos, operados e controlados a partir de um painel intuitivo, totalmente integrado e de toque, convenientemente localizado na área de estar de plano aberto.

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Esta integração garante que a maior parte da tecnologias da casa estejam escondidas, fora do olhar de quem vive aqui.

Este vencedor digno da categoria de “Melhor Conversão, Restauração ou Remodelação em Pequena Escala” nos 2016 Sunday Times British Homes Awards, encarna a relação simbiótica entre o antigo e o novo, entre casa e tecnologia e, igualmente importante para um projeto deste tamanho, escala e complexidade, entre o arquiteto e o integrador também.

Atelier : www.chrisdyson.co.uk

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