Um refúgio urbano onde a arquitetura se funde com a natureza para criar uma casa que se empoleira para o exterior, luminosa, fluida e feita para viver dentro e fora.
Projeto: Marina Salles Arquitetura e Interiores + Estúdio Bruno Milan / Paisagismo: Rodrigo Oliveira / Fotografias: Fran Parente
Inserida num condomínio rodeado de vegetação, a Casa Campo Verde é uma das quatro moradias independentes que compõem o conjunto residencial assinado pelo escritório Marina Salles Arquitetura e Interiores, em colaboração com o Estúdio Bruno Milan.
Comprada ainda em construção por um jovem casal com dois filhos, a casa — com 497 m² distribuídos por quatro pisos — foi totalmente repensada para responder ao desejo de um lar acolhedor, funcional e ligado à natureza.
A principal premissa do projecto foi dissolver fronteiras entre interior e exterior. Para isso, paredes deram lugar a amplos caixilhos de vidro e alumínio, que emolduram o jardim e inundam os espaços sociais de luz natural. O piso em pedra irregular percorre toda a casa e prolonga-se até ao exterior, enquanto o forro e paredes em ripado de madeira aquecem a atmosfera. O paisagismo de Rodrigo Oliveira reforça esta fusão, com um jardim tropical de volumetrias distintas e um muro transformado em parede verde.
A entrada, concebida como galeria em madeira contínua, conduz a um piso térreo totalmente integrado, onde sala de estar, jantar e cozinha funcionam como uma grande varanda habitável. O mobiliário assinado — com peças de Jader Almeida, Sergio Rodrigues, Claudia Moreira Salles e outros nomes do design brasileiro contemporâneo — reforça a paleta calma, natural e táctil que define o projecto.
Nos pisos superiores, os ambientes tornam-se mais íntimos: os quartos apostam em materiais quentes, detalhes feitos por medida e soluções de marcenaria pensadas para a vida em família. O último piso revela a vocação social da casa, com sala de TV, sauna e um terraço com piscina, pérgula metálica e zona gourmet — um cenário desenhado para receber sem perder a ligação ao exterior.