Por a 29 Setembro 2025

O arquiteto belga Bruno Spaas assina este penthouse em Antuérpia. Um projeto que eleva o design contemporâneo a 15 andares de altura.

Projeto: Bruno Spaas / Fotografias: Jeroen Verrecht

A 15 andares de altura, a penthouse aloja-se num edifício projetado pelos arquitetos suíços Diener & Diener e transforma a cidade de Antuérpia num palco de design e sofisticação. Com 350 m² revestidos em pedra natural e interiores personalizados, o apartamento combina solidez, leveza e uma estética contemporânea. Tal, privilegia luz, reflexo e verticalidade.

Apesar de se situar no topo de uma torre, a penthouse transmite uma sensação de enraizamento. Todo o pavimento é revestido com blocos de pedra natural castanho-claro, oriunda da região, que dão corpo aos 350 m² do apartamento.

É como se a terra tivesse sido elevada até ao céu, criando uma base sólida no horizonte urbano de Antuérpia.

Ao abrir a porta de entrada, a cidade revela-se em toda a sua amplitude através de uma imensa janela de pé-direito total, estrategicamente posicionada em frente ao hall. Este espaço de 25 m² multiplica a experiência sensorial: com exceção do chão em pedra, funciona como uma autêntica caixa de espelhos, refletindo a paisagem de forma infinita.

Espelhos temperados sem distorção e superfícies lacadas em alto brilho marcam a linguagem do apartamento. Estão presentes em portas de correr, armários, divisórias e até no interior do exaustor da cozinha, criando jogos de reflexão que ampliam a perceção do espaço.

O resultado é um ambiente dinâmico onde luz e perspetiva se reinventam constantemente.

À exceção de algumas paredes estruturais, toda a organização interior e mobiliário foram desenhados e executados à medida. O layout privilegia a circulação livre, sem pontos mortos: apenas portas discretas delimitam espaços quando é necessária maior privacidade. A planta aberta reforça a ideia de flexibilidade, permitindo múltiplas formas de habitar.

A verticalidade é o fio condutor da estética interior. Elementos fixos e móveis, como o banco do hall, as ilhas da cozinha, os lavatórios e a banheira da suíte principal, foram todos desenhados em tiras de terrazzo belga, produzidas localmente.

Esta identidade material repete-se nos trabalhos de carpintaria lacada, criando uma coerência visual que reforça a verticalidade da própria torre.