A galeria Viga Studios inaugura no próximo dia 11 de setembro uma exposição de Frederica de Brito e Cunha com curadoria de Sophia de Lucca. A mostra desenrola-se entre pinturas, azulejos e o lançamento de um livro.
Fotografias: Luisa Bravo
Chama-se “Tudo é Água”, porque, para Frederica de Brito e Cunha “a água ocupa parte do seu pensamento e corpo em diversos lugares”, escreve Sophia de Lucca, curadora da exposição que inaugura esta semana na galeria Viga Studios, no Porto.


Arquiteta de formação, a relação com a água está na forma como pensa o bem-estar da humanidade na cidade, mas para além de permear a sua vida profissional, a água sempre ocupou um lugar simbólico na vida de Frederica, não fosse Portugal um país à beira-mar plantado.

Talvez por isso, pinte de forma instintiva grandes marés. É na pintura que Frederica liberta o seu lado feminino e as suas referências são “mulheres com pinceladas delicadas e motivos etéreos, quase espirituais”, descreve Sophia de Lucca.



A mostra conta com pinturas produzidas em ateliê, azulejos em parceria com a Viúva Lamego e um livro que resulta de uma colaboração com a Universidade Autónoma. A exposição, que estará patente de 11 a 13 de setembro tem uma programação que inclui a Vernissage no dia 11 (das 19.00 às 21.00), uma performance no dia 12 (das 19.00 às 21.00) e culminha com um Open Day no dia 13, que decorre das 16.00 às 21.00.


Sobre a artista
Frederica de Brito e Cunha é pintora, arquiteta e designer. Apaixonada pelo mar e preocupada com a irregularidade dos sistemas de água no século XXI, dedica a sua pesquisa a este elemento. Na arquitetura, desenvolve modelos para uma cidade mais resiliente, encontrando um equilíbrio entre a tecnologia e os sistemas naturais preestabelecidos. A outra escala, desenha também sistemas de retenção e reutilização de águas dentro de casa, para minimizar os gastos excessivos. Por outro lado, na pintura, liberta-se das condicionantes muitas vezes encontradas nas linhas retas da arquitetura, e com pinceladas livres e cores profundas, descobre marés, vistas de céu, manhãs, noites e, sobre tudo, água. É nestas pinturas que Frederica encontra a harmonia e se entrega a ela. As obras passam a ser a força canalizadora que energiza toda a sua pesquisa, fluindo através de todas as áreas da sua vida.