De 15 a 25 de Maio, o Palacete Silva Monteiro — também conhecido como a Casa da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes — voltou a abrir portas para a 7.ª edição do SLEEP IN, um dos eventos mais singulares e inspiradores do panorama nacional do design de interiores, arte, arquitetura e lifestyle.
Fotografias: Bruno Barbosa / Produção: Amparo Santa-Clara / Texto: Isabel Figueiredo
Durante dez dias, o charme histórico do edifício e dos seus jardins foi palco de uma ocupação criativa, onde o passado e o presente dialogaram através de materiais, texturas, cor e soluções feitas à medida. Entre nomes consagrados e talentos emergentes do design de interiores, artistas plásticos, chefs com estrela Michelin, artesãos e marcas portuguesas com projeção internacional, o SLEEP IN afirmou-se mais uma vez como um verdadeiro laboratório vivo de ideias e emoções.

Esta edição destacou-se ainda pelo envolvimento de importantes parceiros e marcas nacionais. A Neuce assumiu o papel de main sponsor, colorindo o evento com propostas cromáticas sofisticadas. A Mindol, que assinou muitas das camas e sofás presentes nos ambientes, mostrou toda a versatilidade e know-how da marca em peças que aliam conforto, inovação e design. A Damaceno & Antunes marcou presença com os seus tecidos em sofás, almofadas e cortinados, revelando a riqueza têxtil nacional.
A Haims destacou-se na roupa de cama; a Costa Nova deu o toque final nas loiças e mesas; e a Tacorsil trouxe elegância luminosa com candeeiros de assinatura.
Estes e outros parceiros ajudaram a criar atmosferas coesas, imersivas e profundamente portuguesas.
Pela primeira vez organizado em coautoria com a revista URBANA, media partner do evento, o SLEEP IN estreou o Espaço Urbana — uma área colaborativa e lúdica que reuniu várias marcas e designers num ambiente criativo. Entre os destaques, o lançamento de uma nova cozinha da Teka, celebrada com a presença do chef Chakall.
Com ambientes personalizados, peças únicas, colaborações improváveis e um espírito informal e eclético, o SLEEP IN 2025 foi uma verdadeira montra da excelência e inovação do design feito em Portugal. Nas próximas páginas, revelamos alguns dos espaços que marcaram esta edição — e deixamos o convite para acompanhar o que ainda está por vir.
GEOTONI
António Aroso e Geovani Prado são os nomes por trás da GEOTONI, um estúdio que cruza arquitetura, design de interiores e produção artística com assinatura própria. Mais do que um ateliê, a GEOTONI é uma marca registada que carrega consigo uma visão estética e emocional clara: criar com identidade, propósito e liberdade. “A GEOTONI nasce da junção das nossas forças complementares”, explica Geovani. “O António é arquiteto, mas também um criador nato. Tem uma veia artística fortíssima. Eu sou mais técnico, prático. Cuido da produção, dos processos, da realização material das ideias.” Essa dualidade está presente em tudo o que fazem — desde os projetos de interiores até às peças de mobiliário autoral, passando pelas instalações artísticas que desenvolvem com minúcia e significado.


Para a participação na 7ª edição do SLEEP IN “Instagram Edition”, o conceito foi ousado e profundamente simbólico: imaginar o quarto perfeito como a junção das sete artes. “Queríamos que o espaço refletisse essa integração criativa”, conta António. Daí surgiu o mote visual inspirado no filme A Gaiola Dourada, de Ruben Alves, para refletir sobre liberdade e identidade. “Queríamos questionar a forma como nos vemos no mundo”, acrescenta Geovani. “Falar de liberdade! A liberdade de criar, de ser, de amar, de fazer. De sair da gaiola e voar.”



O painel central da instalação é um verdadeiro manifesto visual: com 11 metros de largura por 13 de altura, exibe dezenas de gaiolas desenhadas à mão por António. Todas têm as portas abertas. “É o nosso mural da libertação”, resume. Já a palavra “FLY”, composta em pastilhas de vidro Bisazza com ouro branco e dourado, foi cuidadosamente aplicada por Geovani, pastilha por pastilha. “Quisemos mesmo passar a mensagem: abra as asas, voe, tenha coragem.”

O espaço incluiu ainda peças de mobiliário — muitas desenhadas pelos próprios, outras selecionadas numa curadoria que une design exclusivo e referências consagradas. “Gostamos de exclusividade, tanto nos projetos como nas peças. Os nossos clientes nunca terão um projeto igual ao de mais ninguém.”
A GEOTONI apresentou a sua marca de mobiliário no ano passado, e nesta edição do SLEEP IN assume o espaço não só como ateliê de arquitetura e interiores, mas como plataforma criativa aberta a colaborações. “Trabalhamos com fornecedores portugueses, italianos e estamos sempre disponíveis para valorizar o que é bem feito e o que é belo.”
O espaço contou ainda com um pequeno auditório, destinado a talks e à exibição do filme de Ruben Alves. Mas o essencial, dizem, foi promover junto dos visitantes a sensação de liberdade ao percorrê-lo. “Porque este é o momento de abrir a porta e sair. Voar para criar algo novo.”
Perímetros AD
Isabel Feio e Benedita Seara, da Perímetros AD, tiveram como inspiração para a sua participação no SLEEP IN 2025, uma personagem eclética, profunda, viajada e misteriosa.
“Na Perímetros, a decoração é apenas o ponto de partida. O que realmente nos move é a criação de espaços que revelam e não exibem. Ambientes que contam a história íntima e intencional de quem os habita. Cada projeto é, acima de tudo, um retrato. Um retrato silencioso mas profundamente expressivo”, assim nos revela Isabel Feio, do ateliê.


Isabel e Benedita não trabalham com tendências. “Trabalhamos com a intemporalidade e com o tempo. Tempo para escutar, observar, interpretar rotinas. Tempo para escolher com intenção e não por impulso. A escuta silenciosa permite-nos conceber atmosferas onde a contenção é estética. Onde o conforto vem da proporção e da luz certa. Onde o luxo é entendido como silêncio, serenidade e autenticidade“.
“A nossa linguagem é feita de sombras, materiais que envelhecem bem e de objetos com história e biografia. Há sempre uma atenção sensorial no modo como decoramos os espaços – desde a luz que se acende ao final do dia ao cuidar das plantas, da música – que percorre o jazz, a clássica e a revivalista – às velas aromáticas, da preparação de uma bebida à abertura de cama feita em lençóis de algodão egípcio. Gestos que, quanto a nós, definem sofisticação e completam o ambiente numa dimensão íntima, sensorial e profundamente habitada. Em todos os espaços que desenvolvemos, a presença de elementos sensoriais é cuidadosamente orquestrada“, continuam.

Para o SLEEP IN, desenvolveram um conceito que conta com duas luas. Uma suspensa na sala – como um astro interior, silencioso e onírico – e uma outra no quarto, vigorosamente iluminada, dando profundidade emocional à composição de plantas que a envolve. A pintura surge em três quadros com filiação estética a Lucian Freud e Francis Bacon intensificando a presença do corpo e da matéria, num diálogo fluido com a densidade do espaço. Espalhados com intenção, livros e revistas sublinham o apreço pela arte e pela leitura, enquanto as plantas pontuam cada divisão como pequenas interrupções de natureza viva.
“Privilegiamos a permanência sobre o impacto. Acreditamos em ambientes que não se impõem mas que permanecem e transformam. Cada espaço que criamos respeita a arquitetura original. Os tectos altos, as molduras, os pavimentos antigos são parte do existente e parte do que valorizamos. A pré-existência não é obstáculo: é contexto, é memória“, explicam-nos.

A seleção de peças é criteriosa, intencional, afetiva. Isabel e Benedita misturam desenhos próprios com peças de autor, sobretudo do design francês e italiano das décadas de 1940 a 1970. “Referências como Jean Prouvé, Pierre Chapo, Charlotte Perriand, Maria Pergay ou Putman, em França; Scarpa, Mangiarotti, Caccia, Gabriella Crespi, Gio Ponti ou Borsani, em Itália, são frequentes na nossa biblioteca visual. Através deles, aprendemos a respeitar o essencial e a linguagem silenciosa das formas“.
Para o SLEEP IN, propuseram uma narrativa espacial onde o passado e o presente se entrelaçam. A sala foi pensada como um lugar de pausa e contemplação, onde um sofá modular desenhado pela Perímetros e estofado em mohair da Pierre Frey, dialoga com um par de cadeirões dos anos 50 antecedendo a mesa de jantar desenhada para a Maison Jansen ladeada por 6 cadeiras estofadas com tecido Dedar. As mesas de apoio conjugam tabuleiros em laca japonesa, do século XIX sobre bases da Perímetros. Uma escultura em fibra de cobre, propositadamente criada para a sala de reuniões do Banco Rothschild, em Paris, a par com uma lua suspensa retro iluminada, dois candeeiros contemporâneos franceses convivem com dois em vidro de Murano dos anos 50. Mesas de apoio de Romeo Rega a par com uma outra de Pedro Guimarães. Biombo revestido a seda da Dedar e aparador francês forrado a pergaminho, completam a atmosfera etérea do espaço.


No quarto, a cabeceira em inox da autoria da Perímetros, estrutura visualmente o espaço. A cama italiana, anos 60, termina num par de cadeirões de Michel Ducaroy e mesa de apoio de Guy Lefèvre. Tudo em sintonia com uma secretária assinada por Pierre Cardin sob um par de candeeiros dos anos 40. Um conjunto de plantas tropicais cria uma instalação viva que introduz frescura e sombra, enquanto a arte contemporânea e a escultura italiana em madeira exótica adicionam camadas de significado. As cortinas, em algodão mercerizado da Pedroso & Osório e passemanterie da Houlès, encerram o conjunto com subtileza.


“No escritório, optámos por uma linguagem mais gráfica. A composição articula volumes sólidos, peças vintage e iluminação assinada. É um espaço de trabalho e criação – mas também de pausa onde o tempo abranda e o pensamento ganha profundidade. O que procuramos criar, são lugares com alma. Ambientes que acolhem e transformam. Espaços que não se limitam a seguir uma lógica decorativa mas que afirmam uma forma de estar serena, consciente e sensível. Acreditamos que habitar é uma prática. E, como todas as boas práticas, exige tempo, silêncio e escuta. É isso que procuramos em cada projeto. E é isso que, esperamos, fique depois de tudo o resto“.
Thema Atelier
O Thema Atelier, assinado pela arquiteta e fundadora Rafaela Peres Pereira, apresentou uma instalação cenográfica que interpreta o universo estético de Carolina Nashtai, influenciadora e designer de moda reconhecida pelo minimalismo sofisticado.





Com uma linguagem brutalista em betão aparente, o espaço evocou o seu estilo através de tons neutros, linhas depuradas e texturas naturais. Dividido em moodboard, sala de estar e quarto, a experiência sensorial foi fiel à identidade visual e estilo de vida de Carolina.
Riluc
A estreia da Riluc no SLEEP IN assinalou o encontro entre o passado e o design avant-garde da marca nacional, e as peças em exibição forma algumas das vistas no Salão do Móvel de Milão deste ano.



O espaço, com paredes de cor forte, recebeu o carrinho de chá Elixir, a consola Mousse Dourada e o candeeiro UFO numa declaração de sofisticação e audácia.




O sofá Polo, a mesa Vibe e a nova lounge Mikado completaram o cenário. Destaque ainda para a edição limitada Stellar, apresentada pela primeira vez em Portugal — um manifesto artístico da Riluc, com assinatura de Toni Grilo.
Fabián Pellegrinet Conte
O designer Fabián Pellegrinet Conte apresentou uma narrativa visual envolvente e profundamente pessoal nos espaços que assinou para o SLEEP IN — Instagram Edition, revelando a sua identidade artística através de detalhes poéticos, materiais nobres e referências emocionais.
A personagem imaginária de Fabián neste projeto é inspirada em Marisa Schiaparelli Berenson, neta de Elsa Schiaparelli, ícone da moda. Em destaque estão imagens que documentam a sua carreira: desde a primeira capa da Vogue, aos 20 anos, até à mais recente, na Harper’s Bazaar, aos 76. Numa das fotos, surge ao lado de Diana Vreeland, figura central da história da Vogue nos anos 1960. Fabián acompanha com entusiasmo o Instagram de Marisa Berenson, admirando a sua atitude perante a vida, a modernidade do seu pensamento e a profundidade que resultou, em parte, de experiências marcantes, como a perda da irmã no atentado às Torres Gémeas.


Na sala situada na biblioteca do Palacete Silva Monteiro, a assinatura do Atelier M é inconfundível. As mesas de centro dão o tom: uma de forma orgânica, chamada Melgas, em alusão a uma língua falada em Madagáscar, com a forma a evocar a própria ilha; a outra, com folhas de aspidistra, homenageia esta planta purificadora do ar, símbolo de distinção na Inglaterra vitoriana — e presença frequente em jardins portugueses, como na Avenida da Boavista.

O sofá, de braços longos, foi desenhado para proporcionar conforto total, permitindo sentar ou deitar com naturalidade. Em frente, um banco de leitura reutiliza uma cama de uma edição anterior do SLEEP IN, cujo encosto original era decorado com 120 recortes da Torre dos Clérigos — uma homenagem à vista da anfitriã de então, Daniela. Esta estrutura foi transformada por Fabián para criar uma nova peça com função distinta.
A mesa de jantar é uma icónica Tulip em ferro fundido, desenhada por Eero Saarinen para a Knoll em 1956, com tampo em mármore de Carrara restaurado e base repintada num tom chocolate com nuances bordô. A mesa de apoio, em eucalipto fumado, recebeu um acabamento anti-riscos.
Sobre o banco, uma obra inspirada nos 4.000 anos de história do chocolate — tema estudado por Fabián na sua investigação em sociologia da arte — homenageia a importância cultural e simbólica do cacau, presença constante no seu percurso criativo.
Dois cadeirões e dois pufes do Atelier M completam o ambiente. Inspirados numa gaiola, foram baptizados Poiret, em referência à peça e filme La Cage aux Folles. Produzidos em madeira curvada a vapor, os pufes exigem três camadas de madeira moldadas com precisão e suavidade. Todos os tecidos do espaço — sofá, banco, pufes — são da coleção da Damaceno & Antunes.


No quarto Clara Home, todos os móveis — a cama, a estante e o cadeirão — são da própria marca. O biombo, inspirado na icónica máquina de escrever Olivetti, criada em Ivrea, na região do Piemonte (Itália), dá nome à coleção: Ivrea. O quadro presente no espaço foi concebido com letras e peças de cerâmica Lego dos anos 70, sublinhando o espírito lúdico e a herança industrial da Olivetti.
Os dois candeeiros, da marca portuguesa Archibalda, são também fruto de um processo artístico singular. A sua forma foi criada a partir da vibração da voz de Sónia Tavares, gravada a cantar a capela no Mosteiro de Alcobaça. As variações tonais foram convertidas em formas 3D, depois moldadas em gesso e finalmente transformadas em cerâmica com esmalte de lava ou cobre. Uma peça escultórica, sonora e poética — como todo o trabalho de Fabian Pellegrinet Conte.
O ambiente contempla ainda uma segunda sala, onde o destaque vai para o sofá-cama redondo da Mindol, com estrutura em 100% látex. A inclinação do sommier a 45 graus dá à cama um efeito de leveza, quase como se flutuasse. O tecido é um material técnico exclusivo, desenvolvido pela marca especialmente para esta peça.


O quadro sobre a cama apresenta uma figura a observar o filme Megalópolis, criando um efeito de profundidade que amplia visualmente a parede.
Espaço Urbana
“Neste espaço concebido com alma e propósito, cada elemento conta uma história, refletindo um universo urbano, criativo e habitado com curadoria”, diz Dina Souto Rosa, fundadora e mentora do SLEEP IN.
Nas paredes, três pinturas da artista madrilena Nuria Formenti, “descoberta no Instagram”, dão o tom poético e emocional ao ambiente: “Tengo una voz”, um grito suspenso no tempo; “Sobrevivir a un poema”, em tons de verde; e “Muero de Amanecer”, vibrante em fúcsia. Em frente, a mesa da Kenneth Cobonpue, com tampo de vidro e pés metálicos revestidos a corda, rodeada por quatro cadeiras contrastantes – duas em carbono e duas em madeira – numa harmonia de leveza e estrutura.

Sobre a mesa, os pratos da Costa Nova e as peças únicas de Christian Tortu, na forma de folhas e flores. Destaque para a taça amarela em fio de crochê da Pássaro de Seda, de Maria João. Ao fundo, a cozinha amarela da coleção Van Gogh, em estreia no Espaço Urbana, da Teka, com peças Costa Nova numa estética funcional e artística.

As paredes foram animadas com conjuntos de travessas de várias coleções. Na sala de estar, tapetes, pufes e candeeiros em macramé da Darono criam uma envolvente acolhedora. Uma escultura em cortiça destaca-se num recanto verde, acompanhada de samambaias e elementos naturais que reforçam a ligação com o exterior.


A pintura mural é assinada por Frederico Draw (Ruído), numa intervenção urbana que explora o tema do ruído, em tons desenvolvidos a partir da paleta geral do espaço. Toda a pintura foi realizada com tintas Neuce, destacando o preto mate como elemento de ligação e contenção visual.
O sofá de três lugares da Kenneth Cobonpue, em feltro entrançado como se de grossas cordas se tratasse, convida ao conforto. É pontuado com almofadas da coleção Evo, de Damaceno & Antunes. O elefante Babar, da Kenneth Kopenbue, acrescenta um toque lúdico e afetivo.


Espalhadas pelo espaço, esculturas de Filipe Mariares, peças em ratãn, candeeiros da Tacorsil (alguns ainda em protótipo), bancos da coleção de Hamilton Conte e mesas altas da GEOTONI reforçam a narrativa visual. O candeeiro amarelo em corda, da Tacorsil, e a peça em forma de gaiola azul com peixes, também da Kenneth Cobonpue, acrescenta humor e surpresa.
No quarto, a cama capitoné amarela da Mindol, com arrumação integrada, é complementada por roupa de cama da Haims Porto e um tapete da Damaceno & Antunes. A mesa de cabeceira hexagonal, cortada a laser, sustenta um candeeiro experimental em metal entrançado com couro. Ao lado, um pufe amarelo, da coleção Evo, faz eco dos elementos principais do ambiente.

Ao fundo, a janela de grandes dimensões revela o rio Douro e o casario da outra margem. Este cenário integra-se visualmente com os interiores através das cores escolhidas – amarelos, verdes, tijolo – que refletem e prolongam a paisagem urbana para dentro de casa.


Todo o projeto parte de uma base cromática vibrante e da intuição de que a cor – especialmente o amarelo – poderia ser o ponto de partida para construir um espaço habitado por uma figura nómada e urbana. Um espaço que é, simultaneamente, alegre, funcional e livre, onde a materialidade simples – cordas, tapeçarias, fibras naturais – ganha sofisticação através da composição e da luz.
“Este é, afinal, o espaço de um nómada digital. Alguém que habita com consciência e leveza, que valoriza o design afetivo, a arte urbana e a liberdade de estar – dentro e fora, em casa e no mundo”, conclui Dina Souto Rosa.