Por a 10 Fevereiro 2025

Frankfurt recebe a partir de hoje e até dia 11, a Feira Ambiente, considerada a mais importante feira internacional do setor. A Mostra de Produtos Portugueses faz-se representar sob a insígnia Made In Portugal Naturally e convida a uma experiência imersiva onde não vão faltar o sabor inconfundível dos pastéis de nata, a heterogeneidade de texturas das peças apresentadas e claro, o fado. O stand conjunto, que conta com a curadoria do designer Miguel Costa Cabral, poderá ser visitado no Hall 12.0 C50.

Fotografias das edições de 2023 e 2024

De hoje até 11 de fevereiro, a Mostra de Produtos Portugueses está de regresso à Messe Frankfurt, na Alemanha, contando com a presença de 65 empresas da Fileira Casa nacional. A participação conjunta destas empresas na Feira Ambiente, Christmasworld e Creativeworld é, pela quarta vez, da responsabilidade da NERLEI CCI – Associação Empresarial da Região de Leiria/Câmara de Comércio e Indústria, em parceria com a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal).

Sob a insígnia Made In Portugal Naturally, o trabalho destas 65 empresas portuguesas estará em destaque, através de uma seleção que vai integrar mais de três centenas de peças, com o objetivo de apresentar, num só espaço, o potencial, qualidade e design distintivo da Fileira Casa portuguesa. A Mostra de Produtos Portugueses pretende, nesta edição, proporcionar uma experiência imersiva aos visitantes, envolvendo-os através dos cinco sentidos, na tradição portuguesa. A identidade nacional estará patente, por exemplo, no som do fado, no sabor inconfundível dos pastéis de nata ou na heterogeneidade de texturas das peças apresentadas. O stand conjunto poderá ser visitado no Hall 12.0 C50.

Em declarações à Urbana, Henrique Carvalho, diretor executivo da NERLEI CCI, faz uma análise do desempenho das marcas portuguesas ao longo das ultimas edições, destacando que se posicionam pela arte do “saber-fazer” e pela tradição aliada à qualidade dos produtos.

“São marcas que apresentam uma grande capacidade de adaptação, caraterística que lhes tem permitido apostar em políticas de inovação, que resultam na criação de tendências e numa resposta eficaz à volatilidade das necessidades do cliente”. Henrique Carvalho refere ainda que “o número de empresas participantes tem vindo a aumentar, reflexo da satisfação sentida pelas empresas apoiadas quanto ao desempenho na Feira e resultados obtidos. Dois meses após a conclusão da edição de 2024, o volume de negócios concretizados, no seguimento de quase cinco mil contactos estabelecidos e da angariação de mais de 900 novos clientes, superava os 3,2 milhões de euros”.

Para o diretor executivo da NERLEI CCI, o que distingue os portugueses dos demais é “desde logo, termos um espaço único onde vamos mostrar conjuntamente o trabalho das nossas empresas: é este o objetivo principal da Mostra de Produtos Portugueses. Queremos ser a montra de Portugal na Feira Ambiente. Depois, temos também o trabalho individual de cada empresa, que espelha a qualidade dos produtos, mas também o design e estética, as experiências, histórias e sensações à volta de cada coleção apresentada. Finalmente, destacamos a flexibilidade das nossas empresas para satisfazer os requisitos do cliente e a crescente preocupação pelos fatores inerentes a processos produtivos mais sustentáveis”

Ao todo, garante Henrique Carvalho, “serão 300 peças de 65 empresas portuguesas. Peças que foram selecionadas tendo em conta um conceito delineado pelo curador do stand, o designer Miguel Costa Cabral. Estamos certos de que as peças escolhidas de cada empresa estarão entre as mais inovadoras, de maior qualidade, de design mais arrojado, refletindo ainda preocupações de sustentabilidade”.

“A experiência imersiva que queremos proporcionar alicerça-se nos cinco sentidos: visão, tacto, paladar, olfacto e audição. Queremos que os visitantes se envolvam na portugalidade, um conceito cultural e identitário ligado à essência do ser português, envolvendo a história, os valores, a cultura e o legado que definem Portugal e a sua projeção no mundo. A beleza das peças e do espaço no seu todo apelam à visão; as múltiplas texturas e materiais dessas mesmas peças serão um caminho para testar o tato do visitante. O paladar e o olfato ficarão por conta dos aromas e sabores dos pastéis de nata portugueses e dos vinhos e queijos da região de Leiria. Para envolver tudo isto teremos o som do fado tipicamente nacional. Desta forma, estamos convictos de que conseguiremos criar no espaço da Mostra de Produtos Portugueses um ambiente que remete automaticamente para a essência portuguesa”.

Sublinhe-se que, para além da organização da Mostra, o apoio logístico e financeiro da NERLEI CCI, no âmbito do projeto International Business 2023-25, estende-se à participação individual de um total de 73 empresas. A Associação sediada em Leiria conta com mais de duas décadas de know-how no apoio à internacionalização das PME da Fileira Casa e à presença na Feira Ambiente e outros eventos de dimensão mundial.

Fileira Casa já representa 3,7 por cento das exportações nacionais

Englobando os setores do mobiliário, têxteis-lar, utilidades domésticas (cerâmica, cutelaria, loiça metálica, pequenos eletrodomésticos e vidros e cristais) e iluminação, a Fileira Casa portuguesa tem assistido a uma internacionalização crescente, marcando presença, segundo dados da AICEP relativos a 2023, em 185 mercados. As exportações, de 2,8 mil milhões de euros, representam um peso de 3,7 por cento do total de exportações em Portugal.

Aliando a arte do “saber-fazer” à capacidade de adaptação a tendências e necessidades voláteis, a qualidade dos produtos da Fileira Casa nacional tem vindo a ser reconhecida por todo o mundo, particularmente em mercados como França, Espanha e Estados Unidos. Mercados que, como nos explica Henrique Carvalho, diretor executivo da NERLEI CCI, são efetivamente mais expressivos em termos de exportações. “Contudo, a Fileira Casa portuguesa, em 2023, já marcava presença em 185 mercados. Na lista dos mais representativos, seguem-se a Alemanha, Reino Unido, Países Baixos, Itália e Bélgica”.

Em jeito de conclusão, Henrique Carvalho deixa uma nota: “o contexto internacional está volátil, sobretudo no que respeita à política comercial dos Estados Unidos. As empresas terão de lidar de forma ágil com esta volatilidade apostando em fatores de diferenciação como a sustentabilidade e o know-how inerente à tradição, bem como a eficiência e a capacidade de produzir rapidamente pequenas séries”.