Por a 16 Outubro 2024

Os proprietários desta casa, tinham apenas um objetivo: “Criar um ambiente de férias que não fosse um cliché”. Com esta diretiva, a designer Julie Hillman teve carta branca, propondo uma casa discreta e moderada com toques subtis de contraste e combinações de texturas únicas. 

Projeto: Julie Hillman / Fotografia: Manolo Yllera / segundo memória descritiva

Os belos pavimentos em madeira escura percorrem toda a casa, contrastando com o mobiliário branco e a multiplicidade de texturas criadas pelas escolhas do mobiliário, janelas e portas, em madeira natural, pela pedra clara da lareira, bem como pelas texturas macias selecionadas para a roupa de cama e para os revestimentos dos sofás, que são uma marca do design de Hillman.

Na entrada, o tapete artesanal de lã marroquina e um banco do século XIX feito a partir de ramos funcionam como a espinha dorsal; por seu turno, o grande candeeiro suspenso contemporâneo em madeira preta esboça formas geométricas impressionantes contra as paredes brancas e nítidas; formas que são magistralmente recordadas no trabalho abstrato de parede do artista novaiorquino Ruby Beets.

Na sala de estar, que é tão convidativa no inverno como no verão, um grande tapete de abacá dá conforto a quem se senta no sofá Guillerme e Chambron revestido a pele de cabra, em frente a um outra sofá, branco e a um cadeirão em fibra de vidro de Mario Sabot.

Uma impressionante mesa de centro formada por uma grande raiz proporciona uma presença orgânica ao lado da mesa de centro Alanda, em aço e vidro, de Paola Piva. À esquerda, um notável candeeiro veneziano vintage original dos anos 60 dialoga tranquilamente com o sofá branco numa forma que tem sido revisitada por designers de mobiliário contemporâneo vezes sem conta. 

Na cozinha, Julie optou, sem grandes constrangimentos, por se afastar de uma paleta de cores abrangente, deixando que o alumínio escovado dos eletrodomésticos, a madeira clara na área de refeições e as cadeiras em tecido e os bancos vintage proporcionassem uma desenvoltura textural e volumosa.

Os quartos não podem ser descritos de outra forma senão como um casulo de suavidade.  

Esta casa é, ao mesmo tempo, acolhedora, refinada e elegante. As texturas profundas e suaves estão presentes em toda a sua extensão, em cada canto, com toques de preto que articulam uma estética depurada e elevada. Os objetos decorativos recolhidos nas múltiplas viagens de Hillman a França são transformados em obras de arte; Hillman continua a “esculpir o espaço” com virtuosismo. 

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