Localizado na avenida Infante Santo, em Lisboa, este apartamento de 135m2 destina-se a um empresário com elevado sentido estético e um interessante espólio de objetos de design de autor.
Projeto: RRJ / Fotografia: Fernando Guerra / Texto: Isabel Figueiredo
O arquiteto Rui Pinto Gonçalves do coletivo nacional RRJ, interveio neste T3 com 135 m2, a que se soma o espaço de quase 10 m2 da varanda, num edifício localizado na avenida Infante Santo, em Lisboa.
A intervenção foi sobretudo focada na conversão dos ambientes, como nos refere, evitando alterações estruturantes. “Os núcleos funcionais, como as instalações sanitárias, os quartos, a cozinha e a sala, foram na sua generalidade mantidos nas suas posições originais”.
O proprietário “é um empresário com elevado sentido estético, e um interessante espólio de objetos de design de autor, e pretendia essencialmente uma casa onde pudesse coexistir com as suas peças. Uma casa que desse palco às obras, mas sem perder o sentido e o carisma de uma habitação familiar”.
A localização e o facto de o condomínio estar equipado com ginásio e uma piscina, contribuíram, grosso modo, para a decisão por esta morada. A centralidade e proximidade com o rio são fatores importantes, e um bom motivo para que o seu proprietário se tenha decidido por este apartamento de linhas simples, arejado e luminoso.
“O ponto de partida foi a depuração do espaço”, prossegue Rui Pinto Gonçalves, referindo-se à leitura do espaço e à forma como seria organizado. “Sem alterar a base do layout pré-existente, pretendeu-se simplificar e unificar os ambientes, tornando a casa uma tela branca fluída, quebrada pelos túneis de madeira de nogueira que fazem as transições entre as diferentes áreas funcionais”.
Para este projeto, foi tida em especial linha de conta a iluminação, que “tem um papel fundamental, com a introdução de fontes de luz orientáveis, de modo a poder salientar os elementos e detalhes mais significativos”.
Ao nível dos revestimentos, “enquanto a cozinha apresenta a continuidade do pavimento aplicado nas zonas sociais, em resina epoxy, nas instalações sanitárias optou-se pela aplicação de revestimentos da série Kerlite, da Margrés, nas cores branco e preto, tanto nos pavimentos como nas paredes”.
Em ambos os espaços, as bancadas são em corian e os armários são de carpintaria, desenhados à medida e todas as torneiras e acessórios são maioritariamente da Icónico, tal como as ferragens.