Por a 17 Julho 2024

Uma casa viva, cheia de histórias e em constante mutação. Assim é a mais recente morada de Camila Niskier. A designer abriu-nos as portas e mostrou-nos o que diz ser “um retrato visual de quem eu sou”.

Projeto: Noa Arquitetura + Camila Niskier / Fotografias: André Nazareth / segundo memória descritiva

Foi uma longa estrada a que levou Camila Niskier até ao seu novo apartamento. No total, exatamente 18 mudanças. Mas, depois de morar em muitas casas diferentes – até mesmo em Moçambique e Bali – a designer de interiores decidiu que tinha chegado a hora de se acomodar em terras cariocas com o marido e os dois filhos.

A mudança aconteceu em 2017, mas só agora, em 2024, Camila deu início à tão desejada remodelação para deixar o apartamento de 170 m² como sempre imaginou. Para isso, chamou as arquitetas Ana Figueiredo, Nanda Negri e Livia Esteves (do escritório Noa) e, juntas, deram o pontapé de saída da grande obra, demolindo todas as paredes e redesenhando todo o layout.

O projeto seguiu uma arquitetura limpa e sem excessos, com uma base branca que se mescla com o betão aparente e com pinceladas de cor. A ideia principal, era transformar a casa num espaço amplo para receber família e amigos, mas que também fosse funcional para todos os moradores. Os filhos, já adolescentes, desejavam quartos separados e Camila, que adora cozinhar e receber, queria uma cozinha aberta e viva. 

E por falar em cozinha, o revestimento escuro escolhido para o ambiente foi resultado de um curso que a designer fez sobre bioconstrução, quando se apaixonou por uma técnica marroquina chamada Tadelakt, à base de cal, que confere um acabamento lustroso e suave. Já a bicicleta suspensa é uma homenagem à atividade preferida do marido. 

O quarto do casal – a parte mais difícil, segundo Camila – ganhou um home office com uma mistura de padrões coloridos e uma variedade de móveis e acessórios acumulados durante as viagens: as duas mesas de cabeceira e a cama vieram de Moçambique, os candeeiros são de Bali e o quadro em cima da cama é um caminho de mesa comprado num artesão na Namíbia.

“A cada mudança, fui percebendo o que era essencial para as minhas casas serem os meus lares. Para mim, o essencial não precisa de ser minimalista. Pode ser vibrante e aconchegante. É aquilo que conta a minha história, um relato visual de quem eu sou”, explica.

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