Por a 26 Março 2024

Em pleno coração urbano de Avilés, em Espanha, David Olmos reabilitou e Ivo Tavares fotografou, um apartamento  onde o mobiliário assume o protagonismo e o verde azeitona emerge com graça, delineando os espaços com elegância.

Projeto: David Olmos Arquitectos / Fotografias: Ivo Tavares Studio  / segundo memória descritiva

No centro urbano de Avilés (Astúrias), numa zona de habitação coletiva adjacente ao centro histórico, David Olmos reabilitou um apartamento de 112m2, que tinha uma distribuição e disposição muito compartimentada e alongada, respetivamente. 

Em torno da fachada principal, virada a sul, havia uma sala de estar e dois quartos. A cozinha, uma pequena sala de jantar e um quarto situavam-se em direção a um pátio. Ambas as zonas estavam muito afastadas entre si, unidas por um corredor muito comprido que servia também de acesso a uma casa de banho geral e a um pequeno WC.

A proposta, foi a de uma reforma integral que contemplou a reconfiguração total do apartamento e em que o mobiliário assumiu o protagonismo, orquestrando uma sinfonia entre a funcionalidade e o estilo de vida contemporâneo.


Nos espaços virados a sul, tratou-se de unificar as divisões gerando uma grande sala de estar com uma zona de trabalho que repousa sobre uma grande estante-armário que serve de elemento divisório para uma sala polivalente (quarto ocasional, ginásio, zona de leitura).

Os espaços da cozinha e da sala de jantar pertencentes à zona com vista para o pátio ficaram dispostos de uma forma mais aberta e fluida, utilizando o mobiliário como elemento delimitador.

Ao fundo, o quarto principal é hoje precedido por um quarto de vestir, que serve também de elemento acústico em frente à zona diurna.

O espaço que liga as duas zonas do piso deixou de ser um simples corredor, passando a ser também um elemento que serve de arrumação e de fio condutor para as diferentes divisões que serve, inclusive, a sua alteração de disposição ajudou a aumentar a dimensão da casa de banho e a dissimular a estrutura de pilares do edifício.

Dada a impossibilidade de não poder reduzir a altura livre dos tetos nas zonas de estar, todo o mobiliário integrado foi precedido por uma viga falsa na parte superior, que serve de passagem para as instalações.

Os materiais escolhidos para a remodelação combinam a madeira de carvalho – nos elementos que procuram a continuidade dos espaços -, a cor verde azeitona – para a separação entre os ambientes -, e o branco como elemento que une tudo.

0
Would love your thoughts, please comment.x