Por a 15 Fevereiro 2024

A PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea, junta-se às celebrações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril lançando a segunda edição da Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea de Lisboa, com o título “Madrugada” e com o tema central “Joias Políticas. Joias de Poder”.

Pela joalharia ter, desde sempre, uma ligação próxima com o poder e com a política, a 2ª Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea de Lisboa vai celebrar os valores da democracia com a manifestação artística da arte joalheira. Com o título “Madrugada” – inspirado no poema de Sophia de Mello Breyner Andresen – a Bienal tem como tema central “Joias Políticas. Joias de Poder” e integra o programa oficial das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril.

Dono de espólio único que expõe, de forma permanente, grande parte dos antigos bens da antiga Casa Real portuguesa, o Museu do Tesouro Real será palco e anfitrião da première da Bienal. Com data de inauguração no dia 17 de abril de 2024 e estendendo-se até 30 de junho, o Museu do Tesouro Real será o guardião das Exposições “Tiaras Contemporâneas” e “Joias para a Democracia”, duas mostras que exploram diferentes formas de ligação das joias com o poder e consagram mulheres que se destacaram na luta pela democracia ou contra a ditadura em Portugal – e até no mundo.

Com a curadoria de Catarina Silva, na exposição Tiaras Contemporâneas antigos alunos do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual e artistas convidados evocam em formas contemporâneas a tiara, uma peça de joalharia quase esquecida no século XXI, convidando ao diálogo com as joias clássicas que compõem o incrível espólio do Museu do Tesouro Real.  Com a participação de cerca de 40 artistas, a Exposição “Tiaras Contemporâneas” contará com o design expositivo de Mónica Taipina que evidenciará o contraste entre tiaras do presente e do passado da coroa portuguesa, numa verdadeira viagem no tempo.

A  exposição Joias para a Democraciacontará com a participação de cerca de 60 artistas joalheiros que foram desafiados a criar uma joia em homenagem a mulheres que tiveram um papel relevante na transição para a democracia ou sofreram especialmente com a ditadura. Nesta mostra curada por Marta Costa Reis, Presidente da PIN, cada artista escolhe livremente uma mulher reconhecida ou anónima que marcou ou marca o ativismo na democracia. Além de mulheres portuguesas, serão também homenageadas algumas mulheres que, noutras geografias, defenderam, sofreram e lutaram pelos mesmos ideais.

Assumindo que a joia é, ainda nos nossos tempos, um objeto muito ligado ao feminino, a PIN e o Museu do Tesouro Real vão ainda promover o Prémio Mulheres da Democracia, em que um júri reconhecido – a divulgar brevemente – vai premiar as três melhores peças e interpretações das joias que fazem ode a mulheres cuja vida se inscreve também na história da democracia portuguesa e mundial. O apelo estético de cada peça, a sua ligação aos valores representados pela mulher homenageada e a qualidade geral do trabalho vão ditar as joias vencedoras.

Esperando cerca de 15 mil visitantes e participantes, a 2ª Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa contará com uma programação de mais de 25 eventos, mostras, encontros de escolas, jewellery rooms, masterclasses e artists talks pela cidade e terá ainda como palcos centrais e parceiros o MUDE – Museu do Design e da Moda, Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, o Museu de Artes Decorativas – FRESS, bem como outras entidades em diversos pontos da cidade, como a Galeria Zé dos Bois, o Atelier Tereza Seabra e a Galeria Reverso.

Será possível conhecer peças de mais de 150 autores de cerca de 20 nacionalidades desvendando posições e propondo reflexões e comentários de índole política sobre os mais diversos temas, desde o questionar do sistema financeiro, à problematização dos temas raciais, da afirmação de direitos, da denúncia de abusos ou da eventual ironia sobre as nossas próprias sociedades, sempre em torno da joia como manifestação artística. 

A 2ª Bienal conta com o apoio institucional do Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes e da Comissão das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, tendo ainda como parceiro principal o MUDE/Câmara Municipal de Lisboa, bem como o apoio da Associação Turismo de Lisboa.

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