Carol Farah assina o projeto de remodelação desta casa, que se focou nos materiais e acabamentos e que tendo como objetivo o conforto, se inspirou nos anos 70 e manteve as características originais do imóvel, mas com um twist contemporâneo.
Projeto: Carol Farah / Fotografia: Marco António
Construída nos anos 70 e comprada pelos atuais proprietários em 2022, a Casa Pinheiros – nome com o qual foi “baptizada” -, passou por uma remodelação ao nível dos materiais e acabamentos, mantendo contudo as suas estrutura e configurações originais.
O terreno original onde se implanta, tinha inicialmente 1500 m2 e a casa 550m2, mas meses depois do início do projeto, os proprietários compraram o terreno contíguo e aumentaram para o dobro, ficando com os atuais 3000 m2, conta Carol Farah, a responsável pelo projeto.
Em termos de necessidades programáticas, os proprietários queriam um escritório para cada um, espaços estes que teriam de ser confortáveis e bem equipados. Quanto ao estilo, seguia a mesma linha de conforto numa abordagem moderna.
A inspiração foi a dos anos 70 e o projeto é todo ele voltado para o interior do terreno, onde está a piscina, o deck e uma vasta área relvada – com um campo de futebol.
Conforto foi a palavra de ordem e todas as alterações tiveram esse fim. Carol Farah explica que a casa é muito iluminada e que à tarde, como o sol entra dentro da sala e nos quartos, foi criada uma pérgula em frente das janelas para minimizar o efeito.
As portas antigas – em venezianas de madeira – foram trocadas por venezianas de alumínio na cor da madeira, que são mais fáceis de manusear. Todos os caixilhos de ferro também foram trocados por novos em alumínio, porque eram muito pesados e difíceis de abrir e fechar.
O projeto manteve a casa com as características iniciais, previu uma ampliação e construções novas espalhadas pelo terreno, que acolhem ginásio, sala gourmet, sala de jogos, salão de destas, balneários para o campo de futebol, entre outras.
No que diz respeito à paleta de cores, foram escolhidas cores neutras para toda a casa, que para além da sala de jantar, sala de estar e cozinha, contempla 4 quartos e 5 quartos de banho – mais 3 nas construções novas.
Em termos de desafios, Carol Farah salienta o projeto da cozinha, porque os proprietários queriam manter detalhes que a tornavam “pesada” visualmente, mas que gostavam por remeter para os anos 70. A solução foi incorporar o mesmo estilo em soluções mais leves e atuais e o resultado acabou por satisfazer todos.