Por a 10 Agosto 2022

Aventuras e caminhos percorridos, texturas, padrões, materiais e técnicas guiam-nos até à Made in Situ, o território de Noé Duchaufour-Lawrance em Lisboa, onde a exposição ‘Azulejos’ convida a uma imersão no seu mundo exploratório.

A ‘casa’ do designer francês em Lisboa, a curta distância a pé do Príncipe Real, é um destino especial na capital. Aceitamos o convite para entrar no seu espaço, conhecendo deste bretão (Sul de França, 1974) a sua ligação a uma vasta gama de disciplinas e a colaboração com nomes como Hermès ou Ligne Roset. Para referir alguns. Arquitetura, mobiliário, coleções sob medida, de edição limitada, alicerçam-se na sua formação académica e no respeito pelo passado, nas tradições e na vontade de criar peças que durem.

Com o novo capítulo de ‘Azulejos’, Noé explora a azulejaria portuguesa, inspirado pelos painéis criados por artistas modernistas em colaboração com a Fábrica Viúva Lamego – o designer trabalhou diretamente no projeto a partir das oficinas da fábrica em Sintra –, traçando a sua interpretação da costa entre a Bretanha e Lisboa. O resultado traduz-se em três painéis onde os azulejos evocam as metamorfoses de cor e a profundidade do mar, prolongando-se numa costa de cerâmica nua e negra. A estrutura de madeira ondulante lembra as formas de barcos; a pintura resulta da livre experimentação de Noé com cores e materiais, um processo de abdicação de controlo para que os materiais possam expressar a sua verdade.

madeinsitu.com

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