Localizada num terreno de 690,38 m2, com uma inclinação de 28% a 35%, distribui o seu programa em quatro volumes ligados por escadas, corredores e pontes exteriores que respeitam a topografia e a vegetação original do local.
Arquitetos: WEYES Estudio; Área: 165 m²; Ano: 2018; Fotografias: The Raws; segundo a memória descritiva, via Archdaily
Essa residência dialoga, imita e interage em simbiose com o seu ambiente natural. Localizada num terreno de 690,38 m2, com uma inclinação de 28% a 35%, distribui o seu programa em quatro volumes ligados por escadas, corredores e pontes exteriores que respeitam a topografia e a vegetação autóctone. O terreno irregular com 13 metros de frente voltados para o sul, 45 de profundidade e 23 metros virados ao norte conduz a um passeio pedonal do lote.
A localização dos volumes foi guiada pelas árvores (copas e raízes) e cada módulo foi cuidadosamente posicionado a fim de preservar as dezassete árvores preexistentes no local. Os elementos de união externos libertam metros quadrados, deixando mais área livre para a vegetação e favorecem a interação contínua do utilizador com o exterior.
Existem quatro volumes que abrigam uma garagem e adega de 61,9m2, um espaço social de 45,1m2 com terraço e pátio interno, uma área de descanso privativa de 30m2 e uma privada, para visitas, de 27,72m2.
O projeto procura maximizar os recursos fornecidos pelo contexto imediato, e a vasta vegetação cria um microclima de sombras e brisa fresca que contrasta com o clima extremo da cidade.
Por estar localizada sob as copas das árvores, mas flutuando sobre o terreno natural, obtêm-se vistas, consegue-se ventilação natural e uma exposição solar controlada.
A ideia que norteia o projeto consiste em gerar um “impacto mínimo” no terreno. Para a energia, mais do que produzir, é consumir o mínimo. Para o consumo de água, a ideia assenta em usar a gravidade e reduzir o seu uso. Para a chuva, a premissa consiste em permitir a infiltração no subsolo evitando a erosão. Para a flora e fauna, o objetivo é integrá-las nos seus ciclos. Para o substrato? Regenerar o que é reivindicado pelo impacto humano. Quanto ao fator económico, é fundamental resolver com base nos recursos locais mais lógicos.
No que toca à iluminação, aqui aproveita-se a luz do dia e reduz-se o consumo noturno. Para o controle de temperatura, são usados os sistemas passivos tradicionais e lógicos.
No que toca à tecnologia, as comunicações foram a aposta, já que simplificam as tarefas diárias. Para a vida útil, o que importa é reconhecer o nosso que nos rodeia e respeitar.