Por a 2 Março 2022

Nanimarquina lança a nova coleção com Clàudia Valsells onde a cor é a verdadeira protagonista. Tudo o que nos cerca é feito de cores que nos afetam de uma forma ou de outra. Nenhuma cor é sem significado ou contexto. É mágico ver como a sua presença – e ausência – influencia não apenas uma sala, mas também o nosso estado de espírito, proporcionando calma e energia.

Nani Marquina concebeu, em conjunto com a artista Clàudia Valsells, a coleção Tones, quatro modelos de tapetes que proporcionam uma abordagem distinta, harmoniosa, rítmica e sensível, tendo a cor como ferramenta central.

Uma coleção assente num design que convida a viver o tapete, aliciando o utilizador ou os elementos do mobiliário a irem até ao centro do mesmo, sem que seja um simples espetador da obra.

“Os tapetes Tones 1, 2 e 3 surgem da exploração e posterior reinterpretação da forma tradicional de construir um tapete, onde sempre predominou uma moldura externa com uma série de elementos centrais. O resultado: uma revisão contemporânea através da cor e da simplicidade das formas. Através de uma linguagem própria, as formas foram sintetizadas, distribuídas nas extremidades, deixando um espaço central que direciona a atenção. Com o modelo Pieces, o exercício é o contrário, a artista distribui os restos no centro, compõe de forma melódica, mostrando-nos seu processo criativo”, conta Nani Marquina.

A coleção ostenta uma infinita riqueza de tons, destacando a harmonia cromática e que remete de certa forma às notas musicais.

“As cores da coleção Tones nascem dos instrumentos de uma orquestra, cores tostadas dos instrumentos de cordas, cores dos instrumentos de sopro, cinzas e azuis, ocres da percussão, etc. As formas surgiram desse universo cromático e eu só tive de brincar ao compô-las de uma forma que fosse reproduzível em diferentes escalas e que fosse harmoniosa”, acrescenta Clàudia Valsells.

Tones foi desenvolvido em 2 técnicas que proporcionam diferentes acabamentos e sensações. A técnica Hand-tufted permite a transferência literal da obra de Cláudia Valsells, sendo o mais próximo à criação a partir de uma tela em branco. No entanto, a técnica ancestral do Kilim fornece uma aspeto envelhecido e irregular dado pelo uso de lã afegã, o que lhe confere uma nova perceção.

A artista destaca que passar do seu meio mais usual, a pintura, para as nuances e texturas proporcionadas pelas fibras e lãs tem sido um desafio muito interessante. Cláudia Valsells faz um uso marcante das cores, mais uma vez, mas desta feita surpreende num novo meio: tapetes.

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