Por a 25 Novembro 2021

Integrado num dos complexos residenciais mais icónicos de Brasília, o projeto integrou o estilo brutalista do edifício que o recebe num interior onde a permeabilidade e simplicidade acabaram por conferir leveza e amplitude.

Arquitetura: Hugo Oliveira / Fotografia: Haruo Mikami / segundo a memória descritiva enviada pelo autor do projeto

Integrado num dos conjuntos residenciais mais icónicos de Brasília, no Brasil, famoso pelo desenho único e estilo brutalista idealizado pela arquiteta Mayumi Watanabe em 1968, este apartamento foi completamente remodelado de forma a atender às necessidades do casal de moradores.

Integrar os ambientes, recuperar o betão à vista e conferir funcionalidade aos espaços, foram os principais pontos trabalhados.

Segundo Hugo Oliveira, arquiteto responsável pelo projeto, procurou-se integrar a identidade do edifício no apartamento de forma natural e para isso, a opção foi a de retirar os revestimentos das paredes e recuperar o betão à vista.

A quase ausência de elementos estruturais dentro do apartamento permitiu uma fácil integração entre sala de jantar, cozinha, escritório, sala de estar e área de serviço. ​A ilha na cozinha foi pensada para receber convidados mais íntimos, criando uma atmosfera de informalidade. A escolha de peças com vazios na composição permitiu o aproveitamento da boa ventilação cruzada e também a iluminação natural.

A madeira, a par do betão, foi outro dos materiais explorados. O piso foi montado com tacos de tauari em padrão chevron, percorrendo ininterruptamente o apartamento, ​com exceção das casas-de-banho e área de serviço.

A funcionalidade foi a peça chave na definição do layout, revestimentos, equipamentos e mobiliário. Logo, aspetos como facilidade de limpeza, ergonomia e coerência no uso ditaram a escolha de opções.

Como resultado, a permeabilidade visual e a simplicidade no desenho trouxeram uma agradável sensação de leveza, ​amplitude e bem-estar aos ocupantes. 

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