Colecionar por gosto pessoal e para contemplação. É este o mote da decoração do apartamento, em Cascais, de um homem de bom gosto…
Fotografia: Ana Paula Carvalho Texto: Carlos Pissarra
Uma casa de matriz masculina, que reflete o gosto do seu proprietário: colecionar apenas aquilo que o apaixona e com o único objetivo de contemplar essas peças que encontra por essa Europa fora.
Situado numa das artérias principais da parte alta da vila de Cascais, de onde se vislumbra a baía, este apartamento é o resultado de mais de 30 anos de procura e de encontros com peças de exceção em muitos países da Europa: Bélgica, Holanda, França, Itália, Inglaterra, Espanha e Portugal… “Cada peça é resultado do despertar de uma emoção”, diz o dono da casa, que é um “clássico com pontuais e raros desencontros com o classicismo”.
O resultado desses encontros ao longo das últimas três décadas, apesar das diferenças e dos diversos registos estéticos, é um universo de harmonia, sóbrio e confortável.
Misturar estilos é uma arte, mas não é para todos. Para este colecionador, “aquilo que se gosta, aquilo que desperta paixões, tem sempre afinidades e acaba por resultar em harmonia, apesar da diversidade das origens e dos géneros”.
O criador desta composição estética encontra as suas peças de eleição em antiquários, mas também em feiras e mercados, em lojas e em exposições e ateliers de artistas.
Navegar na internet também é um meio para a descoberta de “peças preciosas”. Porque, segundo o proprietário deste apartamento, “uma casa nunca está completa.
Quando se descobrem novas peças, uma das soluções é substituir outras antigas, oferecê-las, ou mesmo trocá-las. Para nunca acumular, porque mais pode ser de mais…”.