Fotografia: Ricardo Junqueira
‘’Lembro-me que desde muito cedo sentia uma enorme necessidade de estar sempre a mudar a disposição das coisas no meu quarto, que era partilhado com a minha mãe e o meu irmão na casa dos meus avós em Luanda. Sabia o que queria ser quando fosse grande, sem saber que ia desenvolver uma personalidade caseira. Tão caseira que me tornava anti-social’’ (risos) é assim que Filipa Lara designer de interiores se apresenta.
‘’Adoro o meu cantinho e brinco sempre que prefiro estar em minha casa do que estar na rua.’’
Este apartamento em Alvalade, Lisboa é um refugio sossegado e descontraído que reúne o melhor das inspirações de Filipa.
A casa foi adquirida pela designer ligeiramente diferente. O teto de madeira estava escondido e foi ‘’puxado’’ cá para fora, a casa que então era mais segmentada passou a ser open space e foi criado um mezanino.
E no que toca há decoração a inspiração foi clean e despojada, ‘’ Diria que é uma casa com boa vibe faz feliz todos os hóspedes que recebemos. É minimalista mas representa o que sou.’’ garante a designer.
Mas há na decoração apontamentos que tornam o espaço mais especial e bem mais personalizado, os quadros da Marilyn Monroe, Audrey Hepburn e Carmen Miranda por exemplo são peças feitas pela proprietária e têm um significado muito especial ‘’Lembram-me que sou capaz de fazer aquilo que achava que não sabia fazer’’. No que toca aos tons decorativos, a casa é consistente na paleta e nas texturas usadas, é importante este pormenor uma vez que a casa é toda ela ligada.
Os cinzentos e os pretos e acima de tudo as madeiras, caracterizam grande parte do ambiente e são os aspetos arquitetónicos que dão grande dinâmica à casa.
A cozinha partilhada com a sala é o espaço mais usado, pois acaba por ser a zona onde a designer recebe os amigos e a família, mas é no seu quarto, inspirado na sensação de um acampamento, que Filipa se sente mais confortável.
O teto esconso, os tons neutros, a luminosidade e acima de tudo a grelha de madeira estrutural e a parede tijolo a descoberto, dão ao espaço um ambiente romântico e descontraído.
Em toda a casa a arquiteta pretendeu usar materiais e peças com que se identificasse, mas que também tivessem uma linha de continuidade lógica com a estrutura e identidade da casa, concluindo assim, ‘’Eu decorei, em continuidade o que já existia quando a comprámos.’’
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