Por a 28 Abril 2017

Imagens SAslaksen / photoforpress.com

Texto por Eva Martins / photoforpress.com

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Esta casa moderna e cheia de luz foi construída sobre a pegada de um antigo edifício agrícola que ia ser inicialmente demolido. Ficou à responsabilidade do arquiteto Britt Krokene, que trabalhou em estreita colaboração com o seu cliente, projetar uma casa que compartilhasse apenas o volume e as linhas do edifício substituído e nada mais. Embora o antigo edifício não pudesse ser salvo, esta nova casa é uma homenagem a ele, com os mesmos valores duradouros, materiais naturais e artesanato de qualidade.

Não é fácil adquirir bons terrenos para construção junto ao mar, especialmente aqueles que são perto da cidade. Foi por isso que quando a família teve a oportunidade de transformar este edifício antigo numa casa moderna, aproveitou-a e foi o início de um projeto emocionante e com muitos desafios.

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O edifício original era uma quinta que fazia parte de uma propriedade maior de 1800 hectares, a qual havia sido negligenciada por muitos, tornando-se um espaço obsoleto. Devido à sua idade, no entanto, os novos proprietários não podiam simplesmente derrubá-la, mas felizmente o Gabinete de Gestão do Patrimônio Cultural aprovou com distinção o projeto e autorizou-os a remover o edifício em ruínas e construir a sua própria versão da antiga quinta. Nos termos deste contracto estava indicado, contudo, que a nova estrutura teria de ter a mesma pegada, volume e inclinação do telhado como o velho edifício.

A família já havia realizado vários projetos de construção e foram muito conscientes e objetivos nas suas limitações. Como tinham vários contactos de profissionais experientes na área, foi fácil manter o foco e continuar sempre dentro do orçamento.

O arquiteto Britt Krokene foi uma escolha natural para o projeto, pois era uma pessoa importante para a família, tendo trabalhado em projetos anteriores, e portanto já tinha consciência da dinâmica familiar.

Dada a pegada original, a casa estava a ser bastante longa e estreita e não tinha a melhor orientação em termos de luz e pontos de vista. Um dos desafios foi maximizar a luz disponível, tentando evitar a sensação de um longo corredor estreito.

Dadas estas limitações, o passo lógico era criar grandes espaços abertos, com muitas janelas e materiais cuidadosamente escolhidos. O piso inferior ficou então em torno de uma cozinha e sala de jantar aberta com portas francesas que conduzem ao jardim. Em ambos os lados desta área há salas de estar diferenciadas, pois uma tem biblioteca e outra não. O piso superior abriga duas alas com quartos separados por um escritório e uma casa de banho e uma passadeira suspensa que dá para um mezanino, o qual passa sobre a entrada da casa. Existe também uma escada de vidro escultural, e numa extremidade da casa encontramos uma chaminé que atravessa ambos os pisos e que está ligada a duas lareiras no piso térreo e a uma no andar de cima.

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A família queria uma aparência consistente em toda a casa, usando por isso o número mínimo de materiais possíveis. Isto inspirou Krokene a alinhar toda a casa por dentro com Aspen: uma madeira macia, leve, com poucos ramos e que não fica amarela tão rapidamente como o pinho. O material também é ainda exequente no que toca a propriedades acústicas, tornando o espaço mais confortável. Finalmente, acrescentou alguns pormenores sólidos em cimento polido.

Por causa da disposição incomum da casa, não havia medidas padrão em qualquer espaço e, como tal, todas as peças para os interiores tiveram de ser desenhadas e fabricadas sob encomenda, incluindo as poucas portas, especialmente as portas em Aspen e vidro deslizantes. Isto é especialmente importante no andar de cima, onde o teto é inclinado e o interior foi projetado para maximizar o espaço, em conformidade com vários formatos estranhos.

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A família havia aprendido com a experiência com projetos de construção anteriores de que o menor número de elementos possíveis é o que funciona melhor e para eles isso aplica-se na decoração, bem como no mobiliário.

Por exemplo, as cadeiras de jantar de madeira no andar de baixo também aparecem no escritório no andar de cima e podemos ver as cadeiras de cabedal na biblioteca e sala de estar, bem como no quarto.

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A madeira abundante e a luz tornam esta casa distintamente nórdica, especialmente com a integração com a natureza, misturando a arquitetura com as árvores e o ambiente invernal.

Intemporal, bonito e construído com excelentes padrões de qualidade, este exemplo de arquitetura nórdica atingiu o seu melhor, pois Krokenen conjugou as cores neutras da natureza com os ambientes despojados e de boa qualidade.

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