Por a 6 Setembro 2022

Substitui um bungalow em ruínas construído na década de 1960 no quintal de uma vila de Notting Hill de 1840 e cupa hoje o piso térreo e dois andares no subsolo cercados por jardins, poços de luz e claraboias que controlam e distribuem a luz pelos vários níveis. Uma casa especial!

Segundo a memória descritiva fornecida pelos arquitetos

A casa de 247 m² localizada numa parcela de terreno no centro de Notting Hill, Londres, e situada nos níveis do solo e do sub-solo, foi merecedora de vários prémios e menções, entre eles os prémios ‘Archdaily Melhores Casas 2018’, ‘Dezeen Top 10 British Architecture Projects 2018’, ‘BBC Culture Best Buildings 2018’, ‘Prémio RIBA 2019’, ‘RIBA House of the Year 2019’, ‘AZ Awards Best Single Family Houses 2019’.

Segundo a descrição dos arquitetos do coletivo Gianni Botsford Architects, de Piers Taylor e Gianni Botsford, a casa “é um telhado e um buraco no chão. Uma casa onde moramos acima e abaixo do solo, onde há calor e frio, luz e escuridão. Uma casa esculpida no chão e na luz disponível”.

Construir com luz e escuridão é trabalhar com o que um contexto nos dá – um conjunto único de restrições e oportunidades que levam a uma arquitetura de adaptação local ao clima e à cultura em que se encontra. Com base em circunstâncias difíceis, num terreno urbano apertado e voltado para o norte, tiveram de socorrer-se de ferramentas digitais de análise usadas para procurar possibilidades tridimensionais que a luz dá para gerar forma e organização.

Substituindo um bungalow em ruínas construído na década de 1960 no quintal de uma vila de Notting Hill de 1840, a casa fica no nível térreo e ocupa ainda dois andares do subsolo cercados por jardins, poços de luz e claraboias que controlam e distribuem a luz pelos vários níveis.

Sombreada por casas em três lados e um grande plátano, a casa distribui atmosferas e intensidades de luz que informam rituais e atividades diárias. Reagindo à luz como uma árvore, o pavilhão do piso térreo flutua acima do solo criando vistas distantes através de aberturas na cidade e no céu.

A dupla curvatura do telhado de madeira termina num óculo para o céu. Moldado e informado pela luz e sombra que o cercam, a forma de tenda do telhado deu origem a um novo lugar para a vida acontecer – um que vira as costas aos grandes volumes que o cercam e abraça determinados corredores de vista e possibilidades de luz.

O VÍDEO

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